O presidente do Grupo Atitude, entidade que responde pelo movimento GLBT em Codó, Wellington Salazar, conversou por quase duas horas com o jornalista Marcelo Rocha, no último sábado, por meio do programa Confidencial.
Polêmico por natureza e muito astuto em suas perguntas, Marcelo provocou bastante, sabendo que quase 100% dos assuntos ali tratados são de fino trato, pois grande parte da sociedade já tem um (pré) conceito formado sobre os homossexuais no Brasil e isso não é diferente em Codó.
Pois bem, o apresentador tocou no assunto religião. Wellington, inteligentemente, soube medir as palavras e foi logo avisando.
“Não vou muito falar sobre isso porque é um problema muito complexo, mas eu vou dizer uma coisa pra você só pra gente encerrar este assunto religião” disse
Mas não teve jeito, Rocha insistiu – COMO OS RELIGIOSOS VEEM VOCÊS AQUI? O presidente pediu para que os religiosos, que os condenam, façam uma separação entre o que eles podem ou não fazer, pois, na opinião dele, muitos confundem o papel da Justiça (que seria dos legisladores – quem faz a lei) e o da Igreja.
“Tudo pra eles é afronta e eu tenho uma coisa pra dizer para os religiosos que nos condenam – quem dita o que é crime não é religião, não é a igreja não, é a Justiça. E quem indica o que é pecado, não é a Justiça não é a religião, entendeu?”, questionou Salazar
Para Wellinton a religião deve se preocupar com outras coisas, não em ditar comportamentos ou criticá-los.
“A religião não tem que ta dizendo como eu devo me comportar não porque ela não dita regras, leis de comportamento, isso aí é caso da Justiça. Religião tem que dizer o que é pecado”, concluiu