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Chegar ao povoado Gameleira, na região do Barracão, zona rural de Codó,  não é tarefa das mais fáceis. Isso porque parte da estrada existe em boas condições a o restante só tem piçarra porque proprietários de terra, interessados em ir e vir,  jogaram sobre a vereda que o mato já estava cobrindo.

Mas o maior desafio desta época é o rio Codozinho, o maior obstáculo para cerca de 15 pequenos proprietários e suas famílias com terras depois dele. Quando ele sobe, só é possível passar nadando contra a forte correnteza. Por conta disso, quem produz verduras, frutas, legumes,  leite, cria peixes ou gado de corte fica prejudicado até que as águas baixem.

Foi para evitar maiores constrangimentos e prejuízos que o morador, Manoel Messias da Costa, teve a ideia de construir uma ponte ao seu modo. Trata-se de uma engenhoca a base de inteligência própria, sem qualquer cálculo de engenharia de construção civil.

São cabos de aço amarrados á trocos de árvores nas cabeceiras e à enormes pedras nas laterais. Entre as tábuas que ficam sobre os cabos, há buracos. Sustentando a estrutura há pedaços de ferro (trilhos de trem) e madeira emendada com pregos por causa da altura.

Para quem caminha sobre a ponte, a estrutura balança o tempo inteiro o que gera um certo medo naqueles que a experimentam pela primeira vez. Depois de testar a capacidade de peso colocando ferro, madeira e mais 10 homens em cima o inventor nos garantiu.

“Balança mais não cai. Eu a considero segura. Se você tiver um nervoso meio equilibrado, dá para passar sossegado”, disse entusiasmado com sua invenção, única alternativa dos moradores quando o Codozinho sobe.

Mas só ele sente tanta firmeza  assim,  até quem está acostumado a passar diz ter medo. “Dá um pouco de medo, mas a situação da região é essa e o período é de inverno. Tem que enfrentar. Até moto passar por aqui”, disse o lavrador Antônio Alves.

Eles nos informaram que pedidos para a construção de uma ponte já foram feitos à prefeitura do município, mas, até agora, nunca foram atendidos.

PALAVRA DA PREFEITURA

O secretário- adjunto de Infraestrutura de Codó, Elcias Baltazar Galeno de Menezes, foi quem nos recebeu em seu gabinete para falar sobre a reivindicação dos moradores que andam se arriscando a cerca de 8 metros de altura na ponte improvisada. Ele informou que a prefeitura não tem condições de construir uma ponte, nem mesmo de madeira.

Segundo seu Elcias, a construção da ponte custaria cerca de R$ 300 mil, porque em média o metro de ponte de madeira custa hoje em torno de R$ 3.000,00 e no local são necessários 70 metros de construção. O adjunto informou que só o Governo do Estado teria tanto dinheiro para este investimento.

Ele também informou que mais a frente, na mesma estrada, Zito Rolim já autorizou uma ajuda aos moradores que enfrentam problemas com mais uma falta de ponte. Nesta, a prefeitura vai ajudar com R$ 6.000,00 de madeira, mas, frise-se, a sobre o rio Codozinho continuará pondo em risco a vida dos lavradores daquela região.

6 Responses

  1. Daqui a Pouco Codó Vai se Torna uma VENEZA com Tantas Pontes sobre o Rio Codozinho,Qualquer Passagem de Água Agora é Fazer Ponte,isso sai Muito Caro para os Governos Municipal e Estadual.sem estudo Técnico e Viabilidade Alguma,para com estes Povoados.

  2. O Rio Codozinho é mesmo grande, falta ponte não é só aí não, juntando todas as estradas que cruzam o Rio Codozinho, vai ser necessário construir umas 10 pontes. Vejo que nesse lugar aí, nunca houve ponte, ou estou enganado?

  3. É incrível que esse município não tenha condições de construir uma ponte de madeira.

    A pergunta que não quer calar: Pra onde vai tanto dinheiro que esse município recebe?

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