A cobra é um animal repugnante por natureza. Mesmo quando elas não mordem, nem matam por envenenamento, sua simples imagem (até na TV codoense) já causa um sentimento ruim, de desprezo, de repulsa nos humanos.
Entre tantas espécies, existe uma em particular, vagando pelas veredas do Brasil, que chama atenção por um gosto peculiar de alimentação – ovos. Voraz, esta cobra é capaz de engolir um ovo três vezes maior que sua cabeça, foi criada com este mecanismo de sobrevivência. Vive em função disso.
PAPA-OVO NA POLÍTICA CODOENSE
Na política, sobretudo a codoense, senhores(as), também existe este tipo de cobra. Elas rastejam pelos corredores do poder, geralmente são analfabetas, pousam de filósofas e sobrevivem das migalhas que caem da mesa do chefe do Palácio (neste caso, para estas cobras um semi-deus de 4 anos que para elas é tudo, tudo e muito mais).
São miseráveis seres que para se manterem vivos se submetem à todo tipo de vexame. Estão entregues ao léu da vida, não possuem qualquer outro recurso (no caso de alguns amigos que conheço por pura incapacidade mental mesmo), então organizam vais, charangas, entregam chocolates, saem pingando suor e miséria, se humilhando, em meio à multidão só pra deixar o chefe do palácio feliz – as vezes só pela gorjeta do final do evento ou pelo tapinha nas costas seguido da célebre e enganadora frase – esse é nosso mesmo, cabra réi macho!
PEÇONHENTO NA TV
Estes seres peçonhentos que chegam a alcançar espaço numa televisão, devido à qualidade da equipe que o serve, para aumentar seu grau de ‘bajulança’ e visibilidade, não possuem capacidade de raciocínio sequer para entender que são peças no tabuleiro do mestre do Palácio, então rastejam para satisfazê-lo, enquanto o mestre e seu primeiro escalão riem deles pelos corredores por onde correm rios de dinheiro que nascem na fonte do suor do povo.
Por isso nunca entenderão que:
- enquanto o chefe viaja (ou viajará) de avião pro resto da vida e sairá do palácio podre de rico, a cobra sairá de bicicleta, só o bagaço com pneus carecas e calhas amassadas nas campanhas da zona rural, morta de pobre;
- enquanto o chefe do palácio vai abrir novas empresas com o dinheirão que rendeu da monarquia de 4 anos, a cobra vai ficar sem emprego porque não tem qualificação profissional pra nada, não fez nem um ‘cursuzinho’ na cidade vizinha e nas novas empresas do chefe não terá a função papa-ovo, ou seria baba-ovo? Humm, deixe-me ver, sei lá, qualquer expressão serve pra falar dessas cobras.
IGUARIA DA COBRA
Como todo ser repugnante, a cobra política não tem personalidade. Se elas vão para a televisão, são como papagaios, repetem, repetem o que o chefe manda, mas não raciocinam. Denigrem a imagem, cometem crimes de calúnia, injúria, difamação e depois as vítimas sentem até pena de processá-las, pois não vale a pena, isso só as tornaria mais miseráveis. A cobra política é uma morta de fome, só quer um ovo para se deleitar. É só isso, só um ovo (de preferência o do chefe).
EU REZO PELA COBRA
Vou rezar, orar, acender velas, bater tambor no ritmo da mata codoense, ir ao culto esta semana só para pedir à meu bom Deus que me livre da picada de uma cobra dessas. Pedir que Deus a faça perceber que ela é uma lascada, que a ampulheta dos 4 anos foi virada em janeiro de 2009 e a areia do tempo acabará em apenas 8 meses.
Pedir sabedoria à esta cobra, para que ela entenda que o chefe do palácio a abandonará depois disso pois a monarquia será encerrada e outro semi-deus de 4 anos assumirá, quando novas cobras vão querer devorá-la.
Isso vai ocorrer, minha cobra falante, acorde, não rasteje mais. Porém, tenha certeza, eu, com saúde, vou estar aqui vendo a areia da sua ampulheta acabar, pronto para estender-te a mão.
Só não garanto que te darei um ovo.