Há muita discussão no meio político maranhense sobre a possibilidade de realização de uma eleição indireta para o Governo do Estado, caso a governadora Roseana Sarney (PMDB) renuncie ao mandato para concorrer ao Senado em outubro deste ano. Oficialmente, a peemedebista disse em recente entrevista coletiva no Palácio dos Leões que não se decidiu sobre o assunto.
“Todo mundo muito está curioso quanto ao Senado. Eu quero dizer a vocês que ainda não tem uma definição. Eu vou definir no começo de março”, afirmou.
Mas os sinais emitidos têm sido interpretados por analistas políticos como indícios de que a renúncia ocorrerá. No entanto, o pleito para a escolha do sucessor da governadora Roseana nos noves meses restantes de mandato pode não ser o único antes das eleições de 2014.
Na Assembleia, dependendo do resultado, pode também haver nova eleição para a presidência. Isso ocorreria se o atual presidente, deputado Arnaldo Melo (PMDB), for eleito governador pela via indireta. Nesse caso, o vice-presidente, Max Barros, (PMDB), que estará no comando da Casa, não “herda” o posto. Ele precisaria convocar nova eleição e os parlamentares, logo após escolher um novo governador, elegeriam também um novo presidente para o Poder Legislativo
Articulações
A uma semana da provável renúncia da governadora Roseana Sarney (PMDB) do comando do Executivo, devem ser intensas as movimentações políticas na Assembleia Legislativa. Isso porque a Mesa Diretora da Casa aguarda somente a decisão de Roseana para editar e aprovar a Resolução Legislativa que ditará as regras da eleição indireta no Parlamento. O grupo ainda discute o nome para a disputa do Governo Tampão. Já a oposição teme uma provável candidatura de Luis Fernando Silva (PMDB). Vale aguardar.
Independência
A governadora Roseana Sarney já transmitiu à base qual o seu desejo para as eleições indiretas e aguarda o desenrolar das negociações internas do Parlamento. Sabe, por exemplo, que o presidente da Casa, Arnaldo Melo (PMDB), também pretende disputar a eleição, mas já adiantou que não vai interferir nas discussões, aguardará o consenso entre os deputados. E havendo consenso, não há dúvidas: deixará o Governo para a disputa do Senado.
Sem vice?
Cabe ao PT a prerrogativa de indicar o candidato a vice na chapa governista para a eleição indireta na Assembleia Legislativa. Até o momento, no entanto, o partido sequer discutiu essa possibilidade. E como o tempo para um eventual registro de candidatura é curto, surgiu ontem o primeiro nome de fora da legenda. Trata-se do deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD), que está no seu último mandato na Assembleia. Lideranças da Casa já entraram em consenso em relação ao nome do parlamentar, que já presidiu o Parlamento.
FONTE: Coluna Estado Maior/Leia Jornal O ESTADO DO MA