O Centro de Defesa dos Direitos Humanos esteve na praça Benedito Alvim, em Timbiras, dia 11 de outubro,  colhendo assinaturas contra duas coisas – a primeira diz respeito à portaria,  de 19 de setembro, emitida pela Justiça  que faz restrições à participação de pessoas nas manifestações de rua depois que duas delas resultaram em vandalismo.

De acordo o integrante, Domingos Roberto Tavares, o Centro  planeja denunciá-la [portaria] ao Conselho Nacional de Justiça e também à um órgão Superior do Ministério Público.

 “Essa portaria proíbe crianças e adolescentes de se manifestarem principalmente no horário das 17h às 6h da manhã do dia seguinte, Assim a gente tá fazendo esse manifesto contra esta portaria porque é um direito inviolável, já é garantido na Constituição”, afirmou

A segunda razão das assinaturas tem a ver com o objetivo de trazer à  Timbiras uma Força Tarefa de fiscalização para investigar a aplicação de dinheiro público federal.

 “Obras que nunca foram concluídas ou que estão no meio do caminho, na verdade a intenção é somente isto investigar o que está sendo aplicado no município de Timbiras”, explicou Edivaldo Portácio, do CDHT

PALAVRA DAS AUTORIDADES

Por ocasião da reportagem estivemos no  Fórum da Comarca de Timbiras, mas  não conseguimos falar com a juíza, Daniela Bonfim, que emitiu a portaria questionada pelos manifestantes. Ela estava participando do I Fórum Estadual de Justiça Criminal a pedido do próprio Tribunal de Justiça e, segundo assessores, só  retornaria à Comarca nesta segunda-feira (14)

Na prefeitura conseguimos falar com o secretário de administração, Manoel Rocha, que não quis gravar entrevista, mas informou que a aplicação dos recursos está sendo feita de acordo com o que manda a lei e, na opinião dele, não há nada para ser investigado.

Rocha também queixou-se da falta de diálogo com o grupo que colhe assinatura, segundo o secretário apesar de manter as portas abertas o governo de Fabrízio do Foto nunca fora procurado.

UM MÊS E MEIO DE ASSINATURAS

Enquanto isso, o grupo vai se movimentando. Sexta-feira foi apenas o início. Durante um mês e meio pretende coletar ao menos  mil assinaturas até na zona rural do município.

 “Que são muitas pessoas na zona rural que também fazem parte do nosso grupo de trabalho, sendo duas pessoas em cada povoado da nossa articulação e a gente quer percorrer bairros também para conseguir o mínimo de 1000 assinaturas aqui em Timbiras”, disse Roberto Tavares

Seu José Aldemar Ferreira do Nascimento  foi um dos primeiros a  aderir ao movimento  das assinaturas e as razões dele estão relacionadas  com a mesma insatisfação que move o Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Timbiras, sobretudo em relação à administração pública.

 “Tem que mostrar serviço, meu ponto de vista é esse (…) eles tem que mostrar alguma coisa como é que querem se reeleger na próxima eleição?”, questionou justificando sua posição