Codó está fechando 2018 com dois feminicídios. No dia 10 de junho Concilma Muniz Sousa, a Bia, foi morta a facadas na porta de um bar, na Av. Maranhão, por seu ex-companheiro Francisco Pereira Silva, de 34 anos, atualmente preso a espera de julgamento.
No dia 15 de novembro Jonatan Moreira da Silva, jovem de apenas 18 anos, matou sua companheira Lílian Rafaela Santos da Silva, de 25 anos, com um tiro de espingarda na boca. Casos que chocaram a cidade e chamaram a atenção para um problema que é muito frequente – a agressão contra a mulher.
As autoridades de Segurança Pública consideram que Codó tem um número grade de registro de ocorrências de agressão contra a mulher que acontecem principalmente nos fins de semana quando o consumo de álcool é maior.
Quem primeiro atende os casos é a Polícia Militar por meio de chamados do 190, conforme nos explicou o tenente-coronel Jurandir de Sousa Braga.
“A gente considera que são números altos, isso decorre, principalmente, do uso de bebida alcoólica que é aquele indivíduo que chega em casa embriagado, se desentende e espanca a mulher e, as vezes, os dois saem pra se divertir e acabam se embriagando e lá naquele local que eles estão se divertindo começa a briga e evolui para o espancamento, as vezes a mulher já chega em casa espancada, são agressões graves que a Polícia Militar sempre estar intervindo”
O comandante explica sobre os tipos mais comuns de agressão e considera que sejam muito mais do que as autoridades registram oficialmente.
Em 2018, a Polícia Militar registrou mais de 146 ocorrências para socorrer mulheres espancadas por maridos, namorados e companheiros.
“A agressão mais comum é a humilhação, é a coerção, o marido humilhando a mulher, xingando e aí evolui pra uma agressão física, então agressões físicas nós temos uma média de 4 a 6 afora a subnotificação, aquelas mulheres que acabam sendo espancadas, que não registram ocorrência ou não ligam para o 190 e ocorrências mais graves que é o feminicídio nós já tivemos duas este ano”, conclui o comandante