Cerca de 26 famílias do povoado Bela Vista continuam firmes na decisão de fechar a BR-316 na próxima semana por causa de um problema envolvendo uma terra que foi comprada e não entregue na sua totalidade. Documentos mostrados à nossa reportagem denotam que foram compradas, via Crédito Fundiário, 900 hectares, por R$ 213.000,00, em junho de 2005.
Porém uma medição do ITERMA – Instituto de Colonização e Terras do Maranhão – comprovou que os lavradores só receberam 302 hectares até hoje, área insuficiente para que cada família possa trabalhar e por em prática diversos projetos que já estão com verba garantida, mas sem terra para execução.
“Se eles compraram uma terra pra gente trabalhar aí não vem entregar, como é que a gente pode trabalhar? Não tem benefício e os outros ficam estragando uma terra que eles compraram errado pra gente, quando chegar a época da gente receber vai receber a vassoura pra trabalhar aonde? Não tem como o cabra trabalha”, nos reclamou na ocasião o agricultor João Rocha de Santana
O programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário pagou o valor integral direto para a ex-dona, mas deu 3 anos de carência aos lavradores e 15 anos para pagar o valor. A carência terminou e de agora em diante, no fim de cada ano eles terão que pagar ao governo R$ 22.646,00 até quitar a dívida.
O que eles querem é a intervenção de órgãos estaduais na causa para receberem os 900 hectares ou o direito de pagar apenas os 302 que estão usando.
“A gente quer uma resposta em primeiro lugar da Federação dos Trabalhadores, a FETAEMA, que é quem nos representa no Estado, e segundo o Governo do Estado Secretaria de Agricultura, isso é uma vergonha para o programa, foi criado o programa de Crédito Fundiário aonde o combate à pobreza aonde evita o conflito, aonde nós temos todas as comunidades comprada por crédito fundiário dentro do município de Codó todas têm irregularidades dentro”, explicou o presidente da Associação de Bela Vista Samuel de Jesus Trindade
É possível que a interdição aconteça nas primeiras horas da manhã da próxima terça-feira (18).
“E fechando a BR, não tendo resultado, nós marchar pra São Luís e vamos ocupar o crédito fundiário, hoje SEDS (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social)…A situação não pode mais continuar porque nós temos vários projetos, tamos com a dívida nas costas”, prometeu o presidente