Dona Cícera Benta da Conceição é do tempo em que as cerca de 400 famílias da Vila Biné, no bairro São Francisco, sofriam bastante para conseguir água potável e ainda recorda muito bem como foi difícil conseguir um poço artesiano que acabasse com o problema.
“Dois anos atrás a gente acordava 3 horas, duas horas da madrugada pra poder pegar água, mirrada, aí nós somos 5 mulheres e mais aquele homem ali que é seu Valdecir que corremos atrás desse poço, pra nós”, disse a lavradora
O SAAE construiu o poço com recursos próprios e, depois de alguns anos na tranquilidade, os moradores voltaram a denunciar um problema. Carros-pipa estão sendo abastecidos no local e a água, na opinião deles, está sendo levada para outro município, Timbiras, como explica seu Valdecir Costa Queiroz, que afirma ter visto um carro da CAEMA e ouvido do motorista do veículo sobre o destino do líquido potável.
“O carro é da CAEMA, tem o nome Caema, um carro branco…VAI PRA ONDE ESSA ÁGUA? Essa água o motorista disse aqui que a água tá indo pra Timbiras, que a água tá indo pra Timbiras, se for mentira é do motorista, então não pode descobrir um santo pra cobrir outro”, disse em entrevista à TV Mirante.
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Na hora de encher os carros-pipa, algo que ocorre, no mínimo, durante dois dias da semana, até quatro vezes por dia, já falta água nas torneiras da parte alta da Vila. O medo é que esta seca nas torneiras passe a ser constante como afirmou a lavradora Maria da Conceição Nunes
– É porque vai faltar água, porque aqui é muita casa, aqui o bairro é grande…E SE CONTINUAR PEGANDO? Vai ficar sem água -, afirmou
“A GENTE PAGA”
O que os moradores estão pedindo, em razão deste medo, é que os carros-pipa sejam abastecidos noutro poço artesiano. Foi o que esclareceu o ajudante de pedreiro Antonio Reinaldo de Sousa.
– A gente paga, cê ver pagar um talão desse aqui de R$ 16, chega até R$ 20,00 de repente não ter água pra gente, é complicado, né não, então tem que parar a água é nossa, nós tamo pagando, então…QUE SEJA SÓ DE VOCÊS? Que seja só nossa – disse
O DIRETOR ESCLARECEU
Nós estivemos com o diretor da autarquia municipal, Paulo Paiva Brito. Disse que a água foi levada para Timbiras uma única vez para ajudar o hospital da cidade.
Atualmente os carros abastecidos no poço em questão distribuem água em povoados que enfrentam a falta dela dentro do próprio município de Codó, citando exemplos de Tuturubá e Corujão (área do Projeto de Assentamento CIT Novo Horizonte). Ele também rebateu a denuncia de falta de água na Vila.
–Essa água vai para o município de Codó, no caso o Tuturubá precisa, o Corujão precisa, onde não tem, não deu pra encher as cisternas, eles fazem um pedido para o município e nós atendemos o município (…) Se tem que eu ainda não verifiquei a falta na hora que tá tirando porque a gente não tem uma caixa, né, mas dizer que o bairro, a vazão do poço não atende o bairro, isso aí é, não tem como porque foi feito um estudo da vazão do poço pra atender os carros-pipa do município, afirmou Paulinho à TV Mirante.
O diretor também concedeu entrevista para a rádio web blogdoacelio dando outros detalhes da situação. OUÇA
Uma Resposta
Bom dia Acelio
Agradeça por mim ao diretor do SAAE em explicar qual o dia foi feito o fornecimento de agua desse poço atraves de nosso carro pipa, aqui pro hospital. Este fato ocorreu na epoca em que o mossa bomba caiu no rio.
Muito obrigada