A comunidade de Canto do Coxo, à 42 kms da sede do município de Codó ( às margens da BR 316 rumo à Caxias), está recebendo cuidados especiais das autoridades de saúde por causa de uma morte, ainda sem causa definida, e mais dois casos confirmados na mesma família de leptospirose.
Tudo começou com a morte da lavradora, Silvana da Silva Araújo, de 21 anos de idade. Vítima de uma grave infecção até hoje não diagnosticada. A família foi pega de surpresa com a doença, agravamento repentino do quadro clínico e com o falecimento da jovem dia 16 de agosto, em Presidente Dutra, para onde foi levada já necessitando de UTI.
Chorando a avó de Silvana, dona Maria da Conceição Lopes da Silva, lamentou-se ao blogdoacelio.
“A gente fica ruim porque a gente não esperava isso, mas o que se tem que fazer, seja o que Deus quiser (…) foi surpresa pra todo mundo, ninguém esperava né”, disse
AÇÃO DE LEVANTAMENTO
Após este fato, as autoridades de saúde passaram a investigar a comunidade. Colheram amostras de sangue de 8 pessoas, duas delas tiveram diagnóstico positivo de Leptospirose – doença causada por uma bactéria eliminada, principalmente, na urina de ratos, que pode levar à morte rapidamente.
Os dois casos são da família de Silvana, uma prima e o marido dela, Francisco de Assis. Ambos estão em tratamento. Francisco passa bem depois de um tratamento intensivo, mas a prima tem enfrentado crises. Na ocasião desta reportagem ela havia sido trazida para Codó numa ambulância do SAMU. As 100 famílias do lugar estão assustadas e foi isso que as fez correrem atrás das autoridades de saúde do município e do Estado.
MAIS 70 EXAMES
Até agora 70 amostras de sangue foram coletadas de pessoas da comunidade, todas aguardam resultado dos exames. A presidente da associação de moradores, Conceição de Maria Prachedes Viana, afirmou que outras providências já foram tomadas pelas secretarias.
RATO NO ARROZ
A água de duas caixas e de riachos que cortam o povoado está sendo analisada, o bebedouro da escola que atende alunos de cerca de 7 comunidades vizinhas foi trocado. A maior desconfiança gira em torno do estoque de arroz das casas. Os ratos não aparecem durante o dia, mas já foram constatadas a presença de fezes e urina deles no paiol de algumas residências..
Conceição de Maria explicou que o município está vendo uma forma de substituir o estoque sob suspeita.
“Ele estão achando que pode ser a contaminação no arroz, mas o secretário de agricultura já esteve aqui e ta vendo a possibilidade de recolher este arroz pra poder substituí-lo por outro arroz enquanto descobre o que é realmente que está sendo a contaminação aqui”, afirmou