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A cidade tem a biblioteca Central Fernando de Carvalho e a Farol do Saber, ambas públicas, mas quem já precisou delas reclama da desatualização do acervo.

 “Sempre quando chega é os mesmos livros, não renovam de jeito nenhum, a gente pede que renovem alguns, outros livros, novidade, a maioria dos jovens quer é novidade, quer ler, quer ver novidades”, reclamou o estudante Mailson Reis

 “VOCÊ ACHA QUE TINHA QUE RENOVAR TODO ANO? “Acho que todo ano, todo mês também tinha que colocar computador”, responde Eliene Castro

 CIDADE SEM LIVROS

 Acesso à compra de livros em Codó é coisa difícil. Historicamente, e já são 118 anos de emancipação política, somos uma cidade sem livraria, nem banca de revistas existe na atualidade. Só muito recentemente  um supermercado, que nunca mais renovou o estoque, e uma loja passaram a expor alguns livros, só isso.

Esta realidade dificulta a vida de quem precisa ler para aprender e a de quem deseja apenas se divertir, entretendo-se com uma boa história.

Por isso quando a venda de livros usados chega à cidade, o que não ocorre com tanta frequência, sempre tem alguém procurando alguma coisa e são os estudantes os mais interessados.

 Encontramos Valdirene da Conceição, uma estudante de enfermagem, que  enfrentou, dias antes da entrevista,   o drama que é  viver longe do acesso aos livros.

 “Quando quer um livro não tem onde comprar, a pessoa tem que viajar pra fora pra comprar livros…ATÉ PARA ESTUDANTE É COMPLICADO? É complicado, pra fazer uma prova agora de enfermagem eu tive que ir em São Luís comprar os livros”, revelou com ar de indignação

 DESATUALIZADOS, MAS FAZER O QUÊ?

Sabendo da carência os vendedores de usados trazem um pouco de tudo Direito, Enfermagem, História, literatura de outros gêneros.Nem são tão atualizados assim, mas a chance de poder ter o que ajuda disponível em casa sempre leva Gilberto Sousa, estudante de Pedagogia, à banca montada no centro da cidade.

 “A gente se planeja através do conhecimento que a gente já tem, mas precisamos de livros para podermos continuar…COMO É QUE É VIVER NUMA CIDADE SEM LIVRARIAS? É muito difícil, muito difícil”, respondeu

 OS ANALFABETOS

A CODÓ sem livros tem números relacionados bem preocupantes. Acima de 15 anos de idade, segundo o IBGE,  são mais de 38% de habitantes analfabetos.

Para esta camada da população o interesse por livros é zero, mas  o restante que, pelo menos vai ou foi à escola, tem sido  desestimulado a desenvolver o hábito da leitura por um obstáculo que até mesmo a vendedora, que vem de Teresina, Piauí,  reconhece – já deveria ter deixado de existir.

  “Era  uma boa coisa que tá necessitando em Codó, O povo de CODÓ precisa estudar mais e precisa ter o livro, ninguém estuda sem o livro, ninguém viaja sem bagagem e  a bagagem é o livro para quem quer estudar”, argumentou filosofando

6 Respostas

  1. Pelo jeito as coisas não mudaram muito, há trinta anos atrás precisei fazer uma pesquisa na Biblioteca Fernando de Carvalho, e o que eu encontrei lá foi uma situação precária, caótica. Voltei pra casa com as mãos abanando.

    1. P.S. Dia desse fui atrás de uma revista pra comprar, pois a mesma tinha uma reportagem de meu interesse, quando descobri que a cidade não tinha livraria nem banca de revista. Tomei um susto grande, meio revolta, meio indignação. Dessa forma, infelizmente, o Cuduó tá condenado ao fracasso.

  2. a turma só que saber é de festas, aqui em codó é festa de quinta a domingo. ler não é a cultura da maioria dos codoense, então como vai ter livrarias e bancas de jornais??????????

  3. Livraria ou Banca de Jornais e Revista em Codó,Para quem Ler ou Comprar? Você Procura Para Comprar e Não Acha,Será se o Codoense Não Sabe ou Não Gosta de Ler.Mais quem SABE se UM DIA Codó Volta a Ter uma Livraria Eu Acredito.

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