Dados já divulgados à imprensa pela Prefeitura Municipal de Codó, coletados a partir de publicações do blogdoacelio, desde meados de junho do ano passado, mostram a situação emergencial dos nossos lavradores.
Em diagnóstico feito com a Comissão de Defesa Civil em campo já se divulgou que 70% dos 586 povoados que temos na zona rural foram atingidos, de alguma forma, e continuam, pela escassez de água para beber. Isso equivale ao sofrimento de 32.380 camponeses.
LAVOURA PERDIDA E FOME
Desde o ano passado as lavouras veem sendo perdidas por causa da falta de chuvas, no tempo do plantio (entre janeiro e fevereiro).
Quanto à isso, a Comissão apresentou à Secretaria Nacional de Defesa Civil, para obter reconhecimento de Situação de Emergência, quadro mais crítico em 236 comunidades, dentre as 586 que temos.
São exatamente 4.577 famílias que ficaram sem arroz, milho e feijão da roça, o equivalente à 20.835 lavradores e lavradoras passando necessidade alimentar. Esses dados fomentaram a decretação municipal de emergência, com a assinatura do prefeito Zito Rolim, também ano passado, em 4 de junho.
AJUDA INSUFICIENTE
Desde que teve sua situação de emergência reconhecida pela primeira vez em agosto de 2012, o que ocorreu novamente esta semana por ato da Secretaria Nacional de Defesa Civil, os lavradores de Codó já receberam a seguinte ajuda:
- 1.696 estão recebendo R$ 80 por mês do programa Bolsa-estiagem
- 1.050 tiveram cisternas instaladas em suas casas
- 84 lavradores estão recebendo R$ 140 do programa Garantia Safra (quem recebe ajuda de um, não recebe do outro programa)
Ressalto que levantamento da própria Secretaria Municipal de Agricultura já constatou que toda essa ajuda alcança, no máximo, 30% dos necessitados.
Em entrevista concedida ao blog ontem (11) o secretário de Governo, Ricardo Torres, informou que a meta agora, após o novo reconhecimento de situação de emergência, é aumentar o número de poços artesianos na zona rural e o de carros-pipa com reservatórios maiores onde eles chegarem.