2013 será o ano em que os escritores codoenses vão ter, pela primeira vez na história, seus livros lançados com a ajuda do governo municipal, afinal foram licitados mais de 4 milhões de reais para serem utilizados entre janeiro e dezembro do ano em curso por 4 gráficas. Não é possível que ignorem nossos escritores de novo.

É tanta grana que o mais caro dos livros já lançado no mundo poderá ser relançado em Codó com uma folga financeira de dá inveja à muitos milionários.

Codó está cheio de projetos gráficos literários engavetados por falta de incentivo à cultura vindo da Secretaria de Cultura e Igualdade Racial do governo Cuidando de Nossa Gente  (que se amarra num carnaval e num 13 de maio que é uma  beleza, mas não passa disso).

Só para se ter uma ideia o maior expoente da literatura codoense, o escritor João Batista Machado, tem 4 livros para serem lançados há muito, muito tempo, são eles:

• Rreedição, revista e ampliada,  de Codó – Histórias do Fundo do Baú;
• O lançamento de Codó – Relatos de João;
• Governantes Municipais, que traz vida e obra de todos desde 1896 à 2012;
• e O REI DE ANGOLA EM CODÓ, que conta a história de um menino escravo filho de um rei angolano comprado por escravocratas da época.

A coisa é tão difícil para estes seres vivos em Codó que da última vez em que lançou um livro (O Imaginário Codoense) João Batista Machado, teve que apelar para um empréstimo consignado.

LIVRO CODOENSES & NÃO CODOENSES

Quem também tem um livro para ser lançado há anos, escrito em parceria com João Batista Machado, é o professor Carlos Gomes. O livro chama-se CODOENSES & NÃO CODOENSES, cujos fragmentos os leitores deste blog têm a honra de conferir aqui toda terça-feira, numa iniciativa louvável do professor.

 LIVRO DE FOTOGRAFIAS

Outro grande projeto gráfico engavetado por falta de incentivo cultural é o do historiador, Cândido Sousa. O jovem guardião da história de nosso município tem um rico livro de fotografias a ser lançado, mas nunca conseguiu sequer uma promessa concreta de ajuda por parte da prefeitura que com menos de R$ 20.000,00 faria o projeto virar realidade nas bancas e nas escolas do município.

São apenas três exemplos de gente que cuida de Codó, mas é esquecido pelo poder público que prefere gastar com carnaval, apenas com carnaval.

NÚ NA PRAÇA

Em matéria anterior, revoltado o escritor João BATISTA Machado chegou a ventilar a ideia de ficar nu na praça Ferreira Bayma só para chamar atenção para o descaso que os produtores culturais desta terra sofrem.

Noutra ocasião disse que seu maior presente de 87 anos de vida, que será comemorado dia 24 de junho de 2013, seria ver seus 4 livros publicados.

Seu João e outros escritores, com tanta grana licitada (mais de 4 milhões) só com gráficas, para 2013, não acredito que este governo, que cuida de nossa gente, vá deixar vossos projetos na gaveta por mais um ano.

Seria muita desumanidade.