A Escola Lalá Ramos é ligada à Pestalozzi no município de Codó e cuida de crianças e adolescentes com várias deficiências. Cinco desses atendidos são autistas – uma disfunção do desenvolvimento, como explicou-nos o enfermeiro, Murilo Neto, que afeta, principalmente, a comunicação e a socialização da pessoa.
“Se esse pai tá proporcionando uma boa qualidade de vida pra ele, ele vai crescer normal, sadio como qualquer outra criança. Na parte do desenvolvimento cognitivo dele, aí sim ele vai precisar de atendimento mais especializado, fonoaudiólogo, psicólogo, ou ele tem que ir pra uma escola que preste esta assistência especializada pra ele”, esclareceu
De acordo com a diretora, Diana Rabelo, é este atendimento que é prestado, gratuitamente, por uma equipe multidisciplinar. Ela defende que quanto mais cedo a criança é inserida neste tipo de convívio mais benefícios ela tem ao longo da vida.
“Quanto antes for diagnosticado e for inserido no meio cultural, no meio educacional, no meio social, é melhor, muitos até precisam de medicamentos, outros não, então é importante você trazer essas crianças para escola o quanto antes”, afirmou
AVANÇOS EDUCACIONAIS
A professora, Raimunda Nonata Sousa, que lida diretamente com os autistas explica que muitos são extremamente inteligentes em alguma área de conhecimento, outros têm o raciocínio afetado. Para estes, tratamento diferenciado que respeita suas rotinas.
“Além de conhecer saber socializar aquele objeto, o que é vermelho, o que é amarelo, o que é azul então a gente vai trabalhando essa parte”, disse
E ao sinal de qualquer bom resultado….
“Eu fico tão feliz quando eu vejo assim – me dá um lápis amarelo, o menino me dá aquele lãs da cor que eu pedi”, relatou a professora
CONSELHOS VÁLIDOS
A fonoaudióloga, Márcia Cruz Silva, concorda que o número de autistas atendidos em Codó está muito aquém da quantidade real que pode existir. Fato que ocorre porque muitos pais não conseguem identificar o problema.
“Aqui no município de Codó a gente acredita que deva haver sim muitas crianças que estão em casa que os pais não conseguem, que tão as vezes até na escola não conseguindo um bom desempenho e aí as pessoas não conseguem identificar”, frisou
Ela mesma orienta para que todos fiquem mais atentos à certos comportamentos em casa.
“Alteração na comunicação, alteração de interação. Então, a gente consegue hoje dá esse diagnóstico bem mais cedo e tá, junto com este diagnóstico, trabalhando”, concluiu