A equipe reunida no Campus de Codó para contar bons resultados à imprensa de uma pesquisa premiada começou há dois anos levando a Junça, um tubérculo de plantio e manejo simples, para três comunidades rurais – Santo Antonio dos Pretos, Barra do Saco e Monte Cristo.
Os alunos ensinaram lavradores a plantar e passaram a comprar a colheita com a finalidade de transformá-la usando tecnologia de produção de alimentos. Já somam 25 subprodutos industrializados, segundo explicou, dando exemplos, a estudante-pesquisadora Magda Daniele Rocha.
“Nós temos o biscoito e o pão de farinhas mista que vai além da farinha de junca, vai a farinha da semente de abóbora (…) temos também iogurte de junca, temos a geleia da vinagreira tanto da folha quanto do cálice, fazemos também o bombom enriquecido com a farinha da junca e temos outros produtos também”, disse
Também criaram a geleia de vinagreira e, de acordo com Maria Elenilde Soares, fizeram questão de ensinar o processo de transformação.
“A gente conseguindo passar pra eles de uma forma que eles possam aprender, também a produzir a geleia é uma forma de entrar mais uma renda também pra eles”, frisou
GANHOU DE 40
A experiência foi levada ao II Seminário Nacional de Inovação Tecnológica no fim do mês passado, concorreu com 40 projetos de pesquisa de todo o Brasil e voltou de São Luís com o primeiro lugar.
Karlene Fernandes Almeida sintetizou a conquista – explicou quê o que chamou a atenção dos julgadores foi o fato dos estudantes terem envolvido lavradores na pesquisa, criando resultados para eles.
“Nós implantamos uma tecnologia social, então isso chamou a atenção das pessoas e foi um dos motivos de nós termos sido contemplados com o primeiro lugar”, justificou
Por conta da premiação em São Luís, o diretor do Campus, professor José Cardoso, informou que a turma vai á Brasília a convite do MEC apresentar o mesmo projeto de expansão.
“Esse prêmio já viabilizou a participação da equipe, coordenada pelo professor Mariano, A participarem da semana de ciência e tecnologia realizada em Brasília a convite do secretário de educação tecnológica da rede Federal”, ressaltou Cardoso
O TRABALHO CONTINUA
Além de participarem de outro evento em Brasília, de 21 a 25 de outubro, a equipe pretende continuar trabalhando. No retorno vai usar os atributos da Junça para enriquecer o macarrão, por exemplo.
“Que é uma graminha poderosa, riquíssima em proteínas, sais minerais, fibras, aminoácidos e aí a gente vai tornar um produto antes pobres, agora rico nutricionalmente e barato”, garantiu Karlene
Bárbara Macêdo – pesquisadora IFMA/Codó, completou
“O que a gente quer agora é aperfeiçoar mais ainda esses produtos, elaborar esses produtos cada vez melhor como a gente tem ainda o creme de amendoim, o sorvete, elaborar mais ainda esse macarrão, aumentar esses teores de junça”
Não houve dinheiro na premiação, apenas o reconhecimento de um trabalho que está dando certo dentro e fora do Instituto Federal do Maranhão Campus Codó, por isso, destacou o coordenador do projeto, professor Mariano Rojas, todos vão dobrar a dedicação.
“Ele representa, basicamente, tudo aquilo que todos os institutos deveriam fazer que seria levar o ensino, a pesquisa e a extensão para as comunidades e fazer com que a formação dos nossos alunos seja integral, completa”, concluiu com alegria
Um comentário sobre “Estudantes do IFMA/Codó recebem premiação nacional por pesquisa com junça e vinagreira”
Olá sou de São Luis e atualmente moro em Natal,gostaria de saber como fazer a geleia da folha da vinagreira,faço gastronomia e não to conseguindo ,na matéria eles dizem q vão ensinar,mas não vi