A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informou que um princípio de tumulto de detentos, registrado na tarde de ontem no bloco A da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, foi contornado após intervenção do Grupo de Escolta e Operações Penitenciárias (GEOP), do Batalhão de Choque (BPChoque) da Polícia Militar e da Força Nacional. Ainda de acordo com a Sejap, durante a intervenção ninguém ficou ferido. Até o fechamento desta edição, por volta das 21h de ontem, não havia registro de novo princípio de tumulto no local.
A Sejap informou ainda que a tentativa de tumulto começou quando presos, revoltados com uma punição (isolamento de 10 dias) dada a três detentos também da CCPJ, começaram a bater nas grades em seis celas da unidade, produzindo barulho no local. Em seguida, grades foram serradas e alguns cadeados danificados. Para conter os ânimos dos detentos, a PM fez uso de armas carregadas com balas de borracha.
De acordo com o secretário de Estabelecimentos Penais da Sejap, Hamilton Louzeiro, o princípio de tumulto na CCPJ foi o único registrado durante a tarde de ontem, no Complexo de Pedrinhas. “Não houve, conforme chegou a ser divulgado, motim na Penitenciária Feminina. O que houve foi esse início de tumulto na CCPJ, que foi prontamente contornado, em seguida”, disse.
Ainda segundo ele, por uma medida preventiva, na noite de ontem, o policiamento na CCPJ foi reforçado. “Para controlar uma situação ainda mais grave, solicitamos que mais PMs nos auxiliem durante a noite de hoje [ontem] para que nenhuma outra ocorrência seja registrada”, disse Louzeiro.
Com a situação controlada, o BPChoque iniciou, por volta das 15h de ontem, uma revista na CCPJ em Pedrinhas. Procurado por O Estado, às 18h30 de ontem, para saber a conclusão dos trabalhos na unidade prisional, o comandante do BPChoque, tenente-coronel Raimundo Nonato Sá, não atendeu às ligações. Mais cedo, entrevistado pelo portal G1Maranhão, o comandante do BPChoque disse que o procedimento de revista é de praxe da PM.
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Por meio da assessoria de imprensa, o Governo do Maranhão negou que detentos no Complexo de Pedrinhas estejam fazendo greve de fome. De acordo com o governo, alguns presos estão se recusando a comer a marmita oferecida pelo sistema penitenciário, no entanto, os mesmos detentos têm se alimentado diariamente com a comida levada por parentes. A Sejap informou que convocará a empresa que fornece a comida aos presídios para discutir melhorias.
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