Quem já ouviu Emílio Matos dando entrevista nas rádios locais ou em outros programas de televisão não o reconheceu no Confidencial de ontem, 14, da FCTV. Falando baixo, manso e excessivamente preocupado com suas respostas, ele, simplesmente, não deixou a entrevista de Marcelo Rocha fluir.
CASO WELLINGTON
Nem mesmo temas picantes, baseados nas denúncias de Alberto Barros, foram aproveitados por Emílio que não costuma levar o almoço para a janta. Por exemplo, Marcelo perguntou: SE VOCÊ FOSSE VEREADOR O QUE FARIA DIANTE DA DENÚNCIA DE ALBERTO SOBRE O FILHO DO PREFEITO?
“Ué! O mais simples possível, diante da denúncia um vereador, qualquer vereador deve fazer o seu papel, fiscalizar, buscar as formas corretas que pra isso o vereador foi eleito, fiscalizar, é legislar, fiscalizar as ações do Executivo, não tem coisa de outro mundo, não tem mistério nenhum”, respondeu
Depois parabenizou a imprensa pela repercussão do fato e limitou-se a cobrar providências.
“A imprensa ta fazendo seu papel, dá vazão aos fatos, a população toma conhecimento. Agora, quais são as providências, quem vai tomar as providências?
BINÉ E A CARGA DO 17
Rocha o indagou sobre a que grupo o petista pertence hoje, balançou a cabeça confirmando que pertence ao grupo do ex-prefeito, Biné Figueiredo. Em seguida, o entrevistador quis saber de seu posicionamento sobre o caso da carga de medicamentos, carteiras e merendas apreendida no KM 17 envolvendo a família Figueiredo.
Emílio alegou ‘questão de foro íntimo’ sorriu e nada mais falou.
OPOSIÇÃO À ZITO
Ele repetiu o discurso que tem feito no rádio sobre sua oposição ao governo de Zito Rolim.
“Somos oposição a este governo que aí está porque não condiz com nosso pensamento, com nossa linha, com nossa postura, entendemos que pode ser melhor, nós entendemos assim e defendemos um governo diferente”, justificou sendo perguntado se em seguida:
QUEM SERIA UM CANDIDATO DIFERENTE?
“Se a população esperar um pouquinho a gente vai ter esta resposta…JULHO? Podemos esperar um pouquinho porque as vezes você antecipa as coisas, esperar só um pouquinho, quem viver verá”, escapou
PT INDICANDO O VICE
O ex-vereador disse que aceitaria ser vice de Arlindo Salazar, Ricardo Archer, Francisco Nagib, Zé Inácio, Biné Figueiredo, menos de Zito, sobre o qual falou “Não dá, não dá porque você precisa ter posição (…) Se eu sou oposição a esse governo, se eu não concordo com seu modelo de gestão como é que eu vou poder ser vice?” questionou Emílio
DESCULPAS
Na maioria das respostas ele se manteve na retaguarda, não endureceu o discurso e demonstrou, a todo tempo, temor ao jeito malandro de Marcelo Rocha entrevistar, tanto que, acuado, chegou a fazer até perguntas ao entrevistador também, do tipo – se fosse você o assessor de comunicação, faria tais denúncias?
Para quem não gostou, Emílio também deixou suas desculpas em meio à suas frases finais, captadas pelos microfones do blogdoacelio.
“As pessoas que não ficaram satisfeitas a gente, humildemente, pede desculpa”, disse