O agricultor, Francisco Ferreira dos Santos, vive num povoado entre a cidade de Codó e a comunidade do Km17, às margens da MA 026. Está entre aqueles que perderam tudo para a estiagem.

Dentro da roça de milho e arroz, perdida, o entrevistamos. Ele, que já teria passado pelo mesmo problema recentemente (não disse em que ano), afirmou, veementemente, que não acredita que a ajuda do governo Cuidando de Nossa Gente chegue aos lavradores.
“Pode ser que esta seja a primeira, vinge, a outra não vingou nada. Não foi só pra mim não, foi pra ninguém, pra todos que trabalharam de roça, não teve nada, ninguém ganhou nada…A SITUAÇÃO ERA A MESMA? A mesma que o senhor tá vendo aí”, disse
POBRE É ESQUECIDO
Ele se referia ao Decreto de Situação de Emergência do prefeito Zito Rolim enviado ao Governo Federal e à governadora Roseana Sarney pedindo recursos para abastecimento de água (carros-pipa) e alimentação em 236 comunidades da zona rural de Codó.
Na opinião dele, demora tanto que quando chega todos dizem que o pobre já se esqueceu e fica por isso mesmo, ou seja, com o pobre no prejuízo, no sofrimento ao qual já está acostumado.
“POR QUE O SENHOR NÃO ACREDITA QUE POSSA VIR AGORA? Vem pelo governo federal, aí quando vem para o municipal aí já é tarde, aí ninguém lembra mais de nada, ah! Ninguém lembra mais de nada aí fica por isso mesmo”, disse completando
“O pobre já está acostumado a viver na miséria, viver no chão, é desse jeito que eu estou dizendo. O pobre já está acostumado com o sofrimento”, concluiu