O Maranhão é o Estado que mais fornece mão de obra para o trabalho escravo. Pelo menos 25,5% dos trabalhadores resgatados em regime semelhante à de escravidão eram maranhenses, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). As estatísticas mostram que são 95% são homens, 35,3% analfabetos e 63% têm entre 18 e 34 anos de idade.
De acordo com a última atualização do cadastro de empregadores brasileiros que exploram mão de obra escrava, o Maranhão possui 30 empregadores na “lista suja”, o que colocou o estado no 4º lugar do ranking nacional do trabalho escravo. Pará, Mato Grosso e Goiás lideram essa lista.
Combate
Para romper com esse ciclo, o MPT possui uma Coordenadoria de Erradicação do Trabalho Escravo que recebe denúncias, investiga e resgata os trabalhadores submetidos a situações degradantes (trabalho forçado, servidão por dívidas, jornadas exaustivas, alojamento precário, água não potável, alimentação inadequada, desrespeito às normas de segurança e saúde do trabalho, falta de registro, maus tratos e violência).
Por meio das fiscalizações, os trabalhadores resgatados têm seus vínculos empregatícios regularizados e são libertados da condição de escravidão. A partir daí, o MPT realiza ações judiciais e extrajudiciais que promovem a punição do empregador, prevenção ao ilícito e a inserção das vítimas no mercado de trabalho com todos os direitos garantidos.
Curso
A Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) promoverá de 10 a 12 de abril, na sede do Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), em São Luís, o curso sobre “novas perspectivas no enfrentamento e combate ao trabalho escravo”.
Voltado para procuradores do Trabalho e da República, o treinamento discutirá a atuação integrada entre diferentes órgãos como forma de combater o trabalho escravo tanto em sua origem quanto em suas consequências, além de abordar a inserção das vítimas na cadeia produtiva e a punição dos envolvidos.
O conteúdo do curso será distribuído em quatro temas: trabalho escravo no capitalismo contemporâneo; regulação migratória e a contaminação da cadeia produtiva; técnicas de atuação no enfrentamento e combate ao trabalho escravo; e economia da precisão e a reprodução do trabalho escravo no campo maranhense.
Cada um dos assuntos será abordado por especialistas da Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Federal (professores Marcela Silva e Marcelo Carneiro e procuradores Luiz Fabre e Ubiratan Cazetta).
FONTE: Ascom/MPT/MA
2 comentários sobre “MA é o 4º no ranking do trabalho escravo e Codó contribuiu para com esta triste estatística”
Acélio pode me explicar o que é isso http://180graus.com/maranhao-180/codo-e-acailandia-terao-novos-juizes
Me desculpe Acelio mais não entendi sua materia voce fala que Codo contribuiu para com essa triste estatistica mais na sua materia não cita uma linha a respeito de Codo e nem de quem são esses escravitistas