Tudo indica que Zito Rolim e o secretário de Educação, professor Jacinto Junior, irão enfrentar novo desgaste na batalha contra o Sinsserm.
A razão agora são os professores contratados que querem se tornar efetivos por meio de um processo seletivo simples, diverso do concurso público exigido pela Constituição Federal.
A questão é de grande discussão no campo jurídico, mas politicamente tudo já está certo – se Rolim não se mexer terá dor de cabeça novamente com a classe e em ano eleitoral isso não é pra ser nem cogitado na vida de um pré-candidato à reeleição.
“CORPO MOLE”
Segundo informou o presidente do Sindicato, professor Rafael Araújo, em sua página na internet (Lutasocialista.blogspot), no último sábado, 2, o ‘seletivados’ estiveram em reunião convocada pelo Sindsserm após o que o presidente definiu de “corpo mole’ do governo municipal a respeito do assunto.
Na reunião já ficou estabelecido um possível ato público marcado para dia 13 de junho, ou seja, desgaste à vista e mais munição para os opositores do prefeito colocarem lenha na fogueira de seu governo.
“Cerca de 150 professores seletivados reuniram-se neste sábado para discutir o processo de incorporação dos mesmos ao quadro efetivo do magistério público municipal. Diante da constatação de que o poder público vem fazendo “corpo mole” para a situação dos mesmos, os professores deliberaram um indicativo de ato público para o dia 13 de junho”, escreveu Rafael
Na sexta-feira haverá uma outra reunião.
“Na próxima sexta feira, os professores voltam a se reunir para discutir o assunto. A assembleia foi convocada pelo SINDSSERM, que tem manifestado total apoio à causa dos professores, visto que a contratação temporária dos mesmos é um ato absolutamente ilegal, por se tratar de um serviço de necessidade permanente”, informa o presidente
SALÁRIO BAIXO
Outro problema, este de ordem judicial, que Zito deverá enfrentar nesta nova crise que está chegando, se dará em função da diferença salarial entre efetivos e seletivados.
De acordo com o Sindsserm, o governo Cuidando de Nossa Gente paga apenas a metade do salário de um efetivo para quem está dependendo do contrato.
“Até o momento o poder público não atendeu ao convite do SINDSSERM para discutir o assunto. O SINDSSERM também acionará a justiça para reivindicar o pagamento do piso salarial nacional aos professores contratados, pois atualmente o salário destes profissionais corresponde apenas à metade do salário de um professor do quadro efetivo”, conclui a postagem de Rafael.
Recomendo que o governo largue na frente, se mova. Converse, esclareça. Professores sabem ouvir e sugerir. Diálogo nunca é demais.