Mostramos aqui na semana passada que três homens, que respondem à processos sob acusação de assaltos, foram recapturados dia 6 de novembro quando dormiam em casa.
Daibeth Nóia e Edgar da Costa fugiram num domingo (2/11), já Bonifácio Junior, o Tripa, estava há mais de dois meses longe desta cela improvisada da também improvisada delegacia de Coroatá.
“A nossa estrutura aqui é provisória, é sede provisória da Polícia Civil aqui. Uma carceragem que foi mais uma vez improvisada e tudo isso colabora para as fugas”, explicou o delegado Samuel Morita.
UM VELHO PROBLEMA
As fugas expõem um velho problema aqui de Coroatá. Desde que a delegacia da cidade foi incendiada, a Polícia Civil trabalha numa casa alugada e adaptada aos serviços policiais. A única cela que existe nela tem hoje 18 presos e só não está mais superlotada porque a maioria dos presos é encaminhada para a delegacia de Codó.

A solução seria mandar estes presos para o presídio construído aqui no município, mas ele, apesar de já concluído, não recebe ninguém.
DELEGACIA OBRA ATRASADA
Nos dirigimos ao novo presídio, no caminho encontramos a antiga delegacia em obra de recuperação bastante atrasada.
Segundo operários, os 120 dias de prazo que aparecem na placa acabaram há mais de um mês e menos de 50% do serviço já estão concluídos. Nem eles, nem o delegado sabem quando ela será entregue.
NA PENITENCIÁRIA
Em termos de estrutura física não há mais nada a fazer na penitenciária regional, mas a imprensa é proibida de entrar e presos aqui só um 2 ou pouco mais ‘experimentais’, segundo o que um chefe de segurança penitenciária falou para nossa equipe no portão, sem permitir imagens.
O argumento que justifica o não recebimento da demanda da região é que falta mais funcionários e mesmo quando isso começar a ocorrer será de forma gradativa pois a penitenciária é do tipo ‘MODELO’.
SUFOCO
Enquanto isso os que estão no sufoco são os delegados de Codó onde a delegacia regional está abrigando mais de 35 presos, a maioria de Coroatá, e o próprio delegado de Coroatá que vive as voltas com as fugas desta cela improvisada.
“Aos poucos, irão receber os presos daqui também, da carceragem provisória, então eu acredito que é uma questão temporal, é uma questão que vai ser resolvida, porque nós precisamos de forma urgente, as celas de Codó já estão todas lotadas, a nossa está lotada, nós não temos mais estrutura suficiente para fazer a contenção, tudo aí é improvisado”, destacou Morita