O comerciante Marcos Paulo Batista mostrou-nos os hematomas por todo o corpo. São marcas de facão. Ele tentou defender a esposa, Edilene da Silva, e os dois acabaram sendo agredidos por 12 homens por volta das 9h da noite de domingo,13, em bares da Av. 1º de Maio (próximo a Art Vídeo).
A mulher explicou ao blogdoacelio.com.br que nem os filhos do casal foram poupados.
“Entraram no meio também, empurraram, ai eles ficaram chorando, pediram pra não agredir meu marido, eles agoniaram devidamente a meu estado no meio de uma confusão, a minha sorte foi este policial que estava lá”, disse a vítima que estava andando de muleta por conta de uma fratura na perna.
O militar à quem se referiu estava a paisana no local e chama-se, José Tadeu Reis da Luz. Na iminência de ver o pior acontecer, agiu sozinho em defesa da família conseguindo impedir a morte do casal que não tinha mais a quem recorrer. Um dos agressores está preso, os demais fugiram depois da investida do jovem policial.
“A situação pegou dimensões extremas, havia sérios riscos de morte pra vítimas devido ao grande número de elementos envolvidos e armados com armas brancas, paus, pedras, inclusive isso é facilmente comprovado nas lesões sofridas pelas vítimas”, explicou Luz
FALTA MÉDICO LEGISTA EM CODÓ
O caso trouxe a tona uma velho problema de Codó – a falta de médicos legistas em número suficiente para atender a demanda. Como só existe um disponível (Dr. Cláudio Paz) e este tem diversas funções, entre as quais a de secretário municipal de saúde, muitos exames precisam esperar.
As costas de Marcos Batista terão que aguardar cinco dias, para que ele marque o exame do qual precisava imediatamente.
“Até sexta-feira ficou pra marcar, mas não é certo de ter o exame não…OMUNICÍPIO JÁ DEVERIA TER UM MÉDICO SÓ PRA ISSO? Só um 1 não, acho que era pra te mais porque só um médico não resolve a pendência da população”, respondeu Marcos Paulo Batista
Dona Edilene da Silva, completou a reclamação “E daqui pra lá o hematoma vai diminuir, porque ninguém vai ficar com uma coisa dessas nas costas sem tratar e atrasa tudo…Não sei como vai fazer, vai ficar difícil, muito difícil mesmo”.
PALAVRA DO REGIONAL
Os inquéritos são prejudicados, segundo o delegado regional, porque o chamado exame de corpo de delito é peça primordial para que a queixa tenha êxito no Ministério Público e, posteriormente, na Justiça.
Rômulo Vasconcelos informou que está tentando uma solução em parceria com a direção do Hospital Geral Municipal para onde os casos são encaminhados.
“Na verdade a perícia tem que ser feito de imediato, mas como o número é altíssimo nós estamos tendo prejuízos com isso porque a lesão ela pode sumir, pode desaparecer, um hematoma então isso tem que ser feito o mais rápido possível. Então nós estamos com esta dificuldade, estamos já entrando em contanto com o próprio diretor do hospital para nomear médicos para substituírem doutor Cláudio Paz, por a demanda dele é gigantesca, mas o delegado de polícia ele pode nomear outros médicos legistas pra fazer essas perícias”