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Quando falamos em trânsito, uma frase em Codó logo aparece – CODÓ É TERRA SEM LEI.

É forte, parece absurda pois não há lugar sem lei, mas é assim que o codoense se sente, abandonado pelas autoridades, entregue ao acaso, à própria sorte. Quem não possui sorte acaba num caixão, quando ela o encontra ensangüentado no asfalto acaba na fila do DPVAT esperando por uma indenização do governo.

GRANDE EXEMPLO/ 1.561 acidentes

Codó fechou 2011 com 1.561 acidentes/10 mortes

Na contramão de tudo que poderia mudar esta realidade anda, em alta velocidade, a imprudência de nossos governantes. Biné Figueiredo, quando prefeito, era ‘endeusado’ por ser liberal. Zito começou disciplinando, foi bem, conseguiu reduzir o número de mortes (quase zerou), depois abriu os braços, tapou olhos e ouvidos e ‘el diablo’ voltou a tomar conta do trânsito novamente.

Os agentes foram retirados das ruas sem qualquer explicação e até hoje ninguém sabe que função desempenham no governo municipal, nem o Ministério Público que também tapou os olhos.

De acordo com dados do Departamento Municipal de Trânsito, colhido no HGM, só em 2011 foram exatamente 1.561 ACIDENTES. Neste período, 10 codoenses perderam a vida e 10 famílias até hoje se lamentam.

Ainda não levantei o número geral do primeiro semestre de 2012, mas só nos primeiros quatro meses o hospital registrou 128 atendimentos de vítimas de acidentes de trânsito, 4 mortes.

ENQUANTO ISSO, NOSSOS POLÍTICOS

Mesmo diante de tão alarmantes números nossos políticos preferem dar péssimos exemplos em suas exuberantes motocadas. A foto que mostra o abre alas da motocada 43 diz tudo, tudo que não deveria dizer.

Os políticos mais importantes da manifestação lideram uma multidão sem qualquer equipamento obrigatório de segurança, como o capacete, por exemplo. Na multidão que vemos em cada uma delas (seja de Zito, Nagib ou Biné) é irrisório o número de habilitados e até de motos emplacadas como manda a lei.

E AGORA, QUEM PODERÁ NOS DETER?

Mas pra quê se preocupar com isso agora? é impossível que se tenha um controle sobre isso – dirão os idiotas de plantão.

Nossos líderes políticos estão aqui, quem poderá nos deter, A POLÍCIA MILITAR, O DMTRANS, A TURMA DA CIRETRAN? Realmente, ninguém mesmo, admito.

Mas se todos tivessem o hábito de usar capacete, buscar habilitar-se, se nossos governantes tivessem nos forçado à isso na forma da lei, não seria possível que numa manifestação dessas o desejo de aparecer gritando – ÉÉÉÉE FULANO DE TALLLLLLLLL!!!! Não cederia à segurança da própria vida do ‘égua’ que se esquece que a política vai passar, rapidinho, e ele poderá não ver a próxima motocada?

Se os políticos tivessem perdido o medo de perder voto, isso seria possível sim senhor. Mas VOTO É MAIS IMPORTANTE QUE VIDA, por isso Viva a Bagaceira nas ruas (Vivaaaa), que você morra de traumatismo craniano, que fiquemos paraplégicos, tetraplégico (Vivaaa!!), encadeirados pra sempre porque a gente adora ouvir um chefão político abrir a boca e dizer – estão ‘prendendo’ (não é nem apreendendo) moto de pobre e leiloando em São Luís.

Eles dizem o que a gente quer ouvir e a gente absorve isso numa facilidade tremenda. É cômodo comprar uma moto e não emplacá-la (se não for a concessionária), é bom comprar uma moto e não tirar habilitação, é bom comprar uma moto e andar sem capacete pra que todos nos vejam – olha fulano ta de boa, comprou uma moto nova.

Vamos admitir. Adoramos ser irresponsáveis.

E O FUTURO?

Protegidos da 'motocada'

O futuro a Deus pertence já diz a máxima cristã, mas tem futuro completamente previsível, sobretudo quando nossos políticos fazem questão de dar uma de profeta.

Zito se calou, ainda não falou de trânsito, nem vai, acredito, pra dizer o quê?. Francisco Nagib, que andou numa caminhonete na primeira motocada dele, também ainda não se manifestou a respeito do tema. Este tem mais um agravante, Antes de abrir a boca vai ter que lembrar de que repressão nas ruas mexe no bolso da concessionária do grupo empresarial que também comanda.

Mas Biné, que também andou numa caminhonete nas duas motocadas (tranquilinho), acelerou a moto do convencimento do eleitor e já soltou em alto e bom som num de seus programas eleitorais – NO MEU GOVERNO NÃO HAVERÁ ‘PRISÃO’ DE MOTO.

O termo usado foi este mesmo – PRISÃO- no lugar de apreensão (marketing coloquial, ele sabe que a maioria de nós, reles mortais fortíssimos candidatos a bater as botas numa moto, não sabe que diabos é apreensão).

Vamos aguardar os demais agora, quem terá a coragem de dizer – VAMOS DISCIPLINAR, ESTÃO MORRENDO DEZENAS DE CODOENSES, É PRECISO FAZER ALGO.

Será que alguém tem este peito?

DU – VI – DE – O – DÓ.

Então nos preparemos para celebrar a morte de nossos amigos, vizinhos, gente que nós amamos e nunca pensamos que iria pra terra do paletó de madeira tão cedo por causa da ‘moto’, da sua imprudência, da falta de fiscalização, e por que, principalmente, VOTO É VOTO, VIDA É SÓ UMA VIDA (oh besteira, o que é uma vida?)

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