O braço maranhense do PT está reunido para discutir o seu rumo nas eleições deste ano no Maranhão. Sempre dividido, o partido tem se movido com base nas decisões do seu grupo majoritário, que segue a orientação da corrente dominante no plano federal, que tem como líder maior o ex-presidente Lula.
E a orientação da liderança nacional é que o PT maranhense mantenha a aliança com o PMDB e os demais partidos da base de apoio da governadora Roseana Sarney, indicando o vice da chapa majoritária. Liderado pelo presidente recém-reeleito Raimundo Monteiro, o grupo majoritário do PT maranhense representa mais de 50% do poder de decisão da agremiação.
A banda menor é dividida em facções que brigam para impor diferentes posições. Enquanto o grupo majoritário quer a aliança com o grupo da governadora, outra corrente, esta liderada por Henrique Sousa, defende candidatura própria do partido ao Governo do Estado.
E uma terceira, bem menos expressiva e que não tem liderança bem definida, por receber orientações do deputado federal Domingos Dutra, que trocou o PT pelo Solidariedade, e do deputado estadual Bira do Pindaré, que se mudou para o PSB, tenta arrastar o partido para uma aliança com o comunista Flávio Dino.
Os líderes da corrente majoritária do PT garantem que o partido vai reafirmar a aliança com o PMDB. Essa posição será formalizada tão logo a direção nacional resolva as pendências relacionadas com o Processo de Eleição Interna (PED), realizado em outubro do ano passado. Tanto que nas discussões paralelas o que está em pauta é a escolha do candidato a vice, que pode ser o deputado estadual Zé Carlos, o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, José Costa, e o próprio presidente Raimundo Monteiro. Vale aguardar.
Quem será?
Quatro nomes estão postos como prováveis candidatos a governador indireto, caso a governadora Roseana Sarney deixe o cargo para disputar o Senado. São eles: o deputado estadual Arnaldo Melo (presidente da Assembleia Legislativa), Luis Fernando Silva (secretário de Infraestrutura), o senador João Alberto, e o deputado Max Barros (vice do Legislativo). Os quatro são do PMDB.
Sem disputa
A filiação partidária dos prováveis candidatos a governador indireto facilita o entendimento para a escolha do candidato. Se houver mesmo eleição, a governadora Roseana Sarney deverá conduzir o processo interno de negociação, do qual sairá o candidato. Pelo que a coluna tem ouvido nos bastidores, não há, por parte das lideranças do grupo, interesse numa disputa entre aliados.
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