
O professor Benedito Walter de Castro Santos, codoense (1923-2007), um dos biografados do Livro Codoenses & Não Codoenses (Sínteses Biográficas), aguardando publicação.
Dentre seus dados biográficos, constam estes sobre a cidade de Codó, ocorridos na sua adolescência, os quais transcrevemos na íntegra:
“A cidade era pequena, as ruas era um mar de areias. O Intendente Fernando Bastos Ribeiro foi o primeiro a colocar meios fios e piçarra na cidade. O Prefeito Elias Araújo deu continuidade a esse benefício. A iluminação, a conheci precaríssima era só até ás 23 horas. E os caminhões? Vejam só. Quando o do Sr. Augusto Teixeira chegou foi uma admiração. Era chamado de “O Vinte e Cinco” porque sua capacidade era de 25 sacos pesando 60 Kg cada. Os outros só conduziam 20 sacos e eram da Fábrica. Elias Araújo tinha uma “Baratinha” e o Coronel Sebastião Archer um automóvel de luxo”.
“Na década de 30 ajudei a carregar as primeiras pedras para construção da Igreja de São Sebastião. Seu construtor foi o Sr ,Raimundo Alexandrino Soeiro, o Mestre Soeiro. Antes era uma Capelinha onde hoje está a SAMEC- Serviço de Assistência Médico-Hospitalar de Codó”.
“A Sociedade Previdente Mutuária Codoense foi a pioneira do gênero e era, certa vez, dirigida com excesso de honestidade. Para se ter uma ideia, basta dizer que o Tesoureiro, o Sr. Martiniano Coelho, boticário de profissão, à falta de pagamento eliminou o próprio presidente da entidade, o Sr, Raimundo Muniz Bayma, conceituado político local. A Mutuária existe há mais de 100 anos”.
“A primeiro de maio de 1932 foi fundada a União Artística Operária Codoense. Seu idealizador foi meu pai, o Sr. Abdias Antônio dos Santos de saudosa memória. Sua profissão: Pedreiro. Juntou-se a Luís Gonzaga de Sousa, barbeiro, para darem os primeiros passos rumo à fundação da Sociedade, que tantos benefícios tem prestado à nossa classe obreira. Seu primeiro presidente foi o Sr. Pedro Alexandre Rodrigues”.
“O prefeito José Raimundo Lago – O Zeca Lago -, foi certa vez a Recife e lá comprou um terno feito (calça, colete e paletó), que lhe ficou bem no corpo. A cidade inteira comentou o fato com grande admiração. Como é possível. Se aqui os alfaiates tiram as medidas e dão duas ou até três provas? Era grande pergunta”.
“Em 1943 foi inaugurada em Codó a Agência do Banco do Brasil S/A. Seu 1º Gerente foi Vicente Orlando Marinho, que aqui chegou no início daquele ano, com a missão de alugar um prédio para o 1º banco a instalar-se em Codó. O prédio alugado era à rua Afonso Pena de propriedade do empresário Miguel Zaidan, que o comprara de Alcebíades Brandão d’Aguiar e Silva – o Majorzinho -, especialmente para esse fim. O Banco permaneceu à rua Afonso Pena até adquirir por compra o terreno e construir nele sua agência à Praça Ferreira Bayma onde até hoje se encontra”.
Fatos como estes relatados pelo Mestre Benedito Walter de Castro Santos, outros personagens do livro Codoenses & Não Codoenses, também registram acontecimento em suas biografias. Oportunamente, estaremos levando ao conhecimento, através do Páginas de Codó.
Codó – MA, 03 de junho de 2013. Prof. Carlos Gomes.
4 Respostas
Parabéns professor. Muito bom!
Ilmº Profº Crlos Gomes,
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a publicação das belas lembranças em que meu querido e saudoso pai nos contava sempre, estas histórias maravilhosas sobre nossa querida Codó.Também agradecer por saber que meu pai Benedito Walter será um dos personagens do livro Codoenses e não codoenses que com certeza este livro será sucesso, pois o relator/autor como o senhor.
Agradeço por estas lembranças que só vieram me alegrar!
Muito interessante, os fatos relatados fortalece os conhecimentos da história de nossa cidade, afastado a mais de 40 anos desta cidade onde vivi até os 18, nunca esquecerei os dia ai vivido, os nomes de personagem relatados, era minha dúvida, saber quem eras essas pessoas, só atravéz da história acabamos tomando conhecimento dessas verdade. Aplausos ao Prof. Carlos Gomes
Como faço pra entrar em contato com você professor Carlos Gomes ?