Nasceu no lugarejo Santa Teresa, município de Codó, no dia 25 de outubro de 1918, filho de Lourença Azevedo e Manoel tabocal. Casou-se duas vezes, o primeiro matrimônio com Laura Serra, com quem teve os filhos: Maria Alice da Cruz, José Ribamar e Augusto Cruz. Do segundo casamento com Maria Pinheiro, nasceram: Maria Delzuita, Maria das Graças e Maria de Fátima.
Com outros companheiros da estiva, fundou o Sindicato da classe, em 11 de maio de 1958, hoje com a denominação de Sindicato dos Arrumadores de Codó, cuja entidade dirigiu por 20 anos.
Em 1958, participou de um Congresso da Federação da Classe, no Rio de Janeiro, com o apoio do Senador Sebastião Archer da Silva e do Deputado Renato Archer. Nessa mesma ocasião, conduzido pelo parlamentar Sebastião Archer à presença do presidente Juscelino, de cujo encontro trouxe gratas recordações e dizia de modo simples – “Feliz coincidência, dois Presidentes reunidos. O Presidente da República e o Presidente do Sindicato dos Arrumadores de Codó”.
Pessoa muito conhecida na sociedade codoense, quando convidado, frequentava as casas dos políticos, inclusive a da Família Archer.
Apesar de pouca instrução, não se descuidou de educar os filhos. Todos portadores do segundo grau (técnico em contabilidade e professoras).
Devemos salientar, que a sua viúva, Srª. Maria Pinheiro residiu no prédio da Rua Antônio Alexandre, n 1432, onde serviu como sede da Intendência Municipal e Câmara de Vereadores, nos primeiros anos, quando Codó atingiu a categoria de cidade. Lá, empossaram-se os primeiros Intendentes que administraram este município: Sergio Bayma, Manoel Ferreira Bayma, Manoel Evaristo de Mendonça, Raimundo Guilhon Siqueira, Honorino Silva, Raimundo Coriolano, e outros que se seguem, como o primeiro Prefeito eleito, após a reforma da Constituição estadual (1891), o cidadão amazonense Henrique Tavares Figueiredo.
O fundador do Sindicato dos Arrumadores, Marcelo Augusto Cruz, teve a felicidade de residir, exaurir as suas ultimas energias e ser velado em um Sítio Histórico, tão ligado à história de Codó, por onde passaram ilustres figuras, que até hoje nos enchem de saudades.
O prédio acima mencionado, hoje totalmente descaracterizado de sua planta original.
Faleceu no dia 3 de março de 1995, aos 76 anos de idade, em sua residência, na Rua Antônio Alexandre.
Codó – MA, 15 de julho de 2013. Prof. Carlos Gomes.
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Transcrito do Livro Codoenses & Não Codoenses, aguardando publicação
Um comentário sobre “PÁGINAS DE CODÓ (XXIV) – MARCELO AUGUSTO CRUZ”
Esse livro deveria se chamar Obituário dos Codoenses & Não Codoenses. Pô, é só finado! Gostaria de saber se tem algum que mereça registro e que esteja vivo.