Fale com Acélio

Prof. Jacinto Junior
Prof. Jacinto Junior

Isaac Gonçalves Sousa, nascido acima da linha do Trópico de Capricórnio, no centro-oeste do Brasil na Capital de Goiânia. Filho de Vera Lúcia Gonçalves Sousa e de Flaubert Menezes, neto de Jacinto Pereira Sousa e de Francisca Enir Gonçalves Sousa. Desde cedo já demonstrava sua potencialidade e uma clara tendência para a inovação intelectual. Nunca teve receio de enfrentar o desconhecido e creio agora como dantes que, para ele o desconhecido é o seu íntimo parceiro no processo da descoberta. Diria mais: ele é o processo!

Descrever esse jovem intelectual é para eu um privilegio. Acostumado a viver em plena liberdade desde cedo, tomou gosto pelo mundo da leitura e, com isso, desbravou sua independência pessoal em todos os sentidos.

É de uma capacidade extraordinária! Convive com uma quase invisível seqüela – quando garoto sofreu um acidente na escola durante o intervalo e quase perdeu o olho direito, contudo, tal acidente não o impediu de trabalhar com o intelecto -, aliás, é com sua massa cinzenta que hoje consegue sobreviver digna e honradamente. É um instrumentista refinado e arranjador, letrista e poeta e escritor. Autor de vários artigos em Jornais na cidade de Caxias cidade que adotou como sua nova pátria. Além disso, é blogueiro. Formado em História e atualmente, cursa Direito.

Isaac é um pensador atual, arrebatador. Conhece de perto os grandes clássicos da filosofia, da história bem como da literatura. Derrama cultura pelos poros sem ser pernóstico! É capaz de transitar os diversos movimentos e tendências culturais sem perder o objeto e o seu sentido. Desde a forma poética estrutural alexandrina – Machado de Assis (1839 – 1908) -, a quem devemos a sua popularidade, até o concreto de Haroldo Campos (1929 – 2003) e seu irmão Augusto de Campos (1931).

Isaac é assim, transitório, lúcido, lírico, crítico e atual. Constitui-se em um fenômeno raro tupiniquim que precede e encanta a essência da cultura. Olhar clínico que se assemelha aos épicos poemas do chileno Pablo Neruda (1904 -1973), meticuloso como o baiano Castro Alves (1847 – 1871), sisudo e sem floreio como o alagoano Graciliano Ramos (1892 – 1953), detecta as nuance pósmodernas facilmente. Decanta e canta o fator conhecimento. Desalinhado e com seu trejeito tinhoso de falar, consegue expressar de forma cadente e firme o seu poder escrevente, sabe muito bem se situar culturalmente.

Não desperdiça vocabulário, sabe encaixá-lo com perfeição nas construções reais ou imaginárias de seus textos de forma glamorosa. É ríspido com elegância e estonteante com ira. Disseca com plasticidade os elementos constituintes de suas criações.

Cresceu e vive uma vida simples sem jamais se queixar das dificuldades enfrentadas ontem e as presentes, pois, o lar do qual fora criado e educado não é e nunca foi de origem burguesa. Da família acolheu os ensinamentos mais autênticos e promissores: a ética e a decência, a honradez e o amor ao próximo.

Sim, foram estes os ensinamentos que aprendemos com os nossos pais e avós. Nunca aceite o não como obstáculo intransponível, existe sempre uma alternativa para a superação das barreiras. A honra, a honestidade são as nossas fachadas em aberto, não se curve e nem turve o vosso coração, permaneça limpo e coerente.

Não julgue precipitadamente, para não incorrer em equívocos e, mais tarde, tal julgamento possa prejudicar o julgado injustamente, e prejudicá-lo sob o prisma da verdade e da coerência.

Enfim, quero expressar minha profunda alegria por mais um feito em sua vida: é agora servidor público municipal caxiense! Parabéns pela 1ª colocação, você é meu orgulho. Terá em mim sempre uma profunda admiração. Avance!  Conquiste! Amo-te! Meu sobrinho.

5 Respostas

  1. Que família inteligente! Agora mais um intelecto, que coisa passou no concurso do município? Este feito é para poucos que não nasceram na BURGUESIA.

  2. Somos assim, pássaros que querem devorar o céu; mas é no ninho que envernizamos as asas.

    Tenho a bênção de possuir (e pertencer) a uma família rica no que, verdadeiramente, se constitui riqueza: amor, confiança, respeito, ética. Amo minha família porque ela é como uma tribo: somos parte um do outro. Mesmo com meio Brasil entre nós, nossas raízes não se desencravam, as raízes dos nossos irmãos se prendem forte no nosso peito. Somos cada um o motivo do orgulho do outro.

    Sou grato a essa família, por todos os valores que com ela aprendi. E aprendi com exemplo, não com sermões. Minha avó, cuidando de seus diários de classe para o bem de nós todos; meu avô, preferindo o ostracismo político a compactuar com certas práticas; minha mãe, que se doa inteira aos filhos; meus tios, com sua jovialidade, inteligência e cuidado constantes, que são para mim uma mistura de pais e irmãos.

    Agora, apenas algumas ressalvas. Eu deixei o curso de Direito este semestre; meu olho direito, já o perdi completamente. Por fim, é preciso corrigir um equívoco que foi fruto da euforia e da alegria: o concurso ainda não foi concluído. Eu tive a alegria de ser aprovado com a maior nota nas provas de conhecimentos com a maior pontuação, mas ainda falta a prova de títulos, e eu sou um reles graduado.

    De todo modo, minha gratidão pelo texto eloquente que me dá mais méritos do que de fato possuo, e por todos esses anos como um exemplo de intelectual para mim.

    Um abraço.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

PUBLICIDADES