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A nossa historiografia política local está repleta de fatos hilários (ridículos, pérfidos, cômicos, diria até, espetaculares do ponto de vista da platitude daqueles que se notabilizaram pela cobardia e o execrável oportunismo) quando a questão envolve diretamente a relação entre forças políticas antagônicas em que, sobejamente, uma constitui-se superior à outra e, de tal modo que, a inferior rende-se tacitamente ante a pressão e/ou meramente à licenciosidade funesta de quem, de fato, detém maior poder.  Além disso, há um conhecidíssimo adágio popular que afirma a seguinte expressão: ‘o bom filho a casa volta’, contudo, é de bom alvitre dizer que essa máxima não cabe neste contexto, por tratar-se de indivíduos particulares e seus subjetivos interesses e não de filhos pedindo perdão aos seus pais por terem cometidos erros devido aos arroubos juvenis.

Professor Jacinto Junior – um pensador contemporâneo

A conjuntura política que nitidamente se desenha tem como pano de fundo a centralização do poder sob a égide da facção política detentora do poder local – isto porque o conceito ideológico predominante é a aceitação do trivial com inesitante naturalidade e a omissão daqueles patenteia essa infeliz lógica dominante. Isto é, a velha trama da opressão do homem sobre o homem com menor poder de resistência e independência.

Por que o conceito ideológico entronizado em seu ‘cérebro de toucinho’ converge para a mesma ilusão política de quem ainda nada fez por nossa cidade, e ainda se proclama como o porto seguro onde todos podem se ancorar; portanto, os ‘infiéis mosqueteiros’ colocam-se transversalmente na condição vergonhosa de servidão, mesmo conhecendo os fatos concretos desse jogo articulado por uma miscelânea mitomaníaca histórica e vulgar.

No caso em tela – a ‘inoportuna saída temporária’ dos ‘infiéis mosqueteiros’ -, é fundamental estabelecer um paralelo com a perspectiva de esclarecer o principal elemento que motivou essa saída. A sociedade civil organizada precisa conhecer os meandros dessa intempestiva cisão desordenada entre quem, efetivamente manda, e quem, subalternamente, obedece. Não há, na realidade, dentre os ‘infiéis mosqueteiros’, aquele(a) que poderia ser o(a) articulador(a)/mediador(a) com vistas a garantir alguns privilégios em nome dos demais nessa “queda de braço” desigual.

O desfecho – ou o realinhamento inconsequente dos “infiéis mosqueteiros” de retornarem aos braços da facção política detentora do poder – cristaliza de forma inequívoca o quanto ainda carecem de posicionamento irredutível, força infinita, unidade sólida enquanto corpo social crítico e a determinação suprema para suportar uma ‘rebelião desnecessária’ e sem um motivo explícito fundamental evitando-se assim, a quebra da coerência política e a moral tão desgastada na atualidade, especialmente, no campo político.

Neste sentido, trago à baila, duas teses para explorar mais detidamente o que representou essa ‘inoportuna saída temporária’ dos ‘infiéis mosqueteiros’ em relação ao seu principal algoz, a saber: primeiro desvendar o teor do documento publicado na imprensa apresentando os motivos que os levaram a essa intempestiva cisão com a facção política detentora do poder local; segundo caracterizar a verve exponencial que não logrou êxito quanto ao plano traçado pelos ‘infiéis mosqueteiros’ no afã de recuperar suas imagens arranhadas desde o princípio, porém, ao que parece o ‘tiro’ dado sofreu um revés e acerta os seus delicadíssimos pés de barro.

A primeira tese subtrai o elemento cosmopolita da intempestiva cisão e, assim, retrata a incapacidade tática dos ‘infiéis mosqueteiros’ na tentativa de ridicularizar/desmoralizar/enfraquecer o líder da facção política detentora do poder. O documento foi mal elaborado e cheio de ambiguidades, não relaciona nada com ninguém, e, ainda, pobre em sua definição estratégica. Por não conter substância suficiente para engendrar certa anomalia sobre a liderança da facção política detentora do poder perante a opinião pública – na verdade, essa tática perdeu sentido e força pelo fato de existir uma natural rejeição e indignação popular por conta das medidas oriundas da indefectível liderança -, aliás, nunca havia sido confeccionado com a proposição de enfrentamento político sistêmico. Esse fato na realidade evidenciou a contradição repugnante que ocultou mais do que esclareceu a ‘inoportuna saída temporária’ dos ‘infiéis mosqueteiros’. Mais uma vez, constata-se uma inegável ingenuidade política por parte dos ‘infiéis mosqueteiros’.  

Já a segunda tese – delimitada pela frágil relação entre os ‘infiéis mosqueteiros’ e o intocável líder da facção política detentora do poder – concorre para o ponto nodal que sincronizou a intempestiva cisão, ou melhor, a ‘inoportuna saída temporária’ sinalizando uma possibilidade frontal objetivando enfraquecer o núcleo de poder da facção política local. Isso parcialmente ocorreu, porém, o líder da facção política permanece em pé e, ainda, tenta sobreviver sob o novo mote: “o melhor ainda está por vir”. Tal frase será objeto de uma reflexão ulterior.

A sociedade civil organizada está acompanhando o desenrolar desse processo inócuo e contraproducente. E é bom frisar com letras garrafais que, o retorno dos ‘infiéis mosqueteiros’ à Casa Grande será um divisor de águas singular para abrir as comportas de suas derrocadas no próximo pleito eleitoral, e de quebra, como num ato solidário, o grupo da facção política detentora do poder terá o mesmo fim – ambos serão consumidos pela indignação popular e pela rejeição extenuante. Portanto, não há como sustentar tamanho contrapeso por muito tempo – tanto os ‘infiéis mosqueteiros’ quanto a liderança da facção política detentora do poder – em desfavor da sociedade civil organizada.

Circunscrita a um discurso moldado na infalibilidade das transformações sociais – disseminado estrategicamente pela liderança da facção política detentora do poder – a sociedade civil organizada peleja contra a maldição de uma experiência política socialmente autoritária e humanamente insensível e bruta que não tem gerado expectativa de mudança estrutural, e, por conseguinte, ela tenta recompor sua sobriedade buscando incessantemente uma nova opção política que esboce seu idealismo solidário e fraterno.

Espera-se com urgência o aparecimento de um novo tipo de liderança para restaurar as esperanças dissolvidas por esta gestão mal sucedida. Por fim, a intempestiva cisão que permeia a vida política codoense em nada pode contribuir para seu pleno desenvolvimento. Inclusive, é hora de a sociedade civil organizada repensar sua conduta, sua concepção de escolha política e fazer uma revolução no Parlamento em 2020, colocando aqueles maus políticos em seu devido lugar: na lata do lixo da história. Isto também serve para a liderança da facção política detentora do poder. Uma varredoura completa, de cima a baixo!

Por Jacinto Junior

9 comentários sobre “Por Jacinto Júnior – O RETORNO HUMILHANTE DOS “INFIÉS MOSQUETEIROS” À CASA GRANDE”

  1. Você só esqueceu de contar um pouco da sua história. Lembra quando tu deixou o PT para ir fazer política com Dr.Antonio Joaquim? Você preferiu a Casa Grande.Lembra quando tu foi ser secretário do governo Zito? Mais uma vez foi passear na Casa Grande.Jacinto, tu precisa olhar para ti e entender que você é cheio de contradições.

  2. Desde quando Codó tem sociedade civil organizadas? Vamos estudar melhor o comportamento da sociedade codoense para não está falando asneira.Codó tem povo com interesse.

    1. Maria cada um faz a sua história.
      Pelos comentários anteriores se observa apenas a trajetória política do autor, que em certos momentos da vida “gostou e usufruiu” da “casa grande”.
      Destaca-se que quando gestor da Educação de 2009 a 2012 tem no currículo a pior gestão da educação municipal, tanto que não foi reconduzido ao cargo em 2013.
      Também neste nebuloso período de 2009 a 2012 os relatórios do Tribunal de Contas – TCE, tem relatos nebulosos da forma errada de gestão e que certamente resultará em reprovação de contas e a consequente ação judicial pela má gestão da educação.

      Simples assim …….

  3. Jr você pode ter seus motivos pra tecer esses comentários, mas ele pode até ter sido mau gestor quando secretário, mas não errou em nada nos comentários que fez, estamos vivendo um período político único em termos gerais e local de jogo de interesse, de manipulação da opinião pública, resumindo, de meter a mão na coisa pública de forma descarada e sem vergonha, tudo para o povo sem o povo.
    Será que o erro foi somente dele, o que se sabe é que secretários não mandam 100% muitas vezes são carambolos pra se manterem no cargo pra agradar o chefe, afinal o preço é alto pra manter o luxo e a pose.
    Que chegue 2020, só quero vê os professores com bandeira acompanhando o atual fazendo campanha…..só quero vê a visão e o esclarecimento da classe formadora de opinião.

  4. Então, é fácil cercar uma pessoa com comentários, mas na gestão, em que O Sr. Jacinto foi Secretário, foi feito um seletivo , um concurso e o PCCS, é comum botar defeitos ou recorrer a erros do passado, mas é melhor reconhecer que todos erramos, pouco ou muito, e, se só olharmos os defeitos não seguiremos na vida. Portanto, os professores vão continuar juntos, pois as nossas conquistas são maiores que os nossos erros. No próximo concurso estarei dando aula aos colegas, que irão fazer, dando a minha contribuição aos colegas, e desejando uma aprovação. Deus é maior!

  5. Já Sinto Filho, continua o mesmo de outrora, diz uma coisa e faz outra…eita aquele pastor que morou na Leontino Ramos, deixou tua cabeça enf…digo doida

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