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Professor Jacinto Junior

QUEM SÃO OS VERDADEIROS “BADERNEIROS?”

Semana passada (14/11), acontecera mais uma sessão legislativa da Câmara Municipal que, ironicamente, reproduziu mais uma cena hilária, relembrando um passado não tão distante – naquela ocasião, os atores envolvidos no ambiente de trabalho (plenário) se digladiaram fisicamente. Agora, surpreendentemente, a cidade inteira e o mundo assistiram a mais um round, entre quem se proclama como exemplo de ‘etiqueta social’ – mas, na realidade, são protótipos da má conduta, entre outras coisas. Será que nesse cenário não há espaço para a quebra de decoro parlamentar? Mas, se caso houver, quem, puxará a denúncia e coletará as assinaturas para instaurar o processo de cassação dos envolvidos?

Os atores políticos envolvidos, realizaram um ato que merece a premiação “Palma de Ouro” pela excelente performance e, como resposta da sociedade civil codoense diante desse espetáculo dantesco, declare seu profundo e veemente repúdio a esse parlamento antipovo. O espetáculo, de fato, fora grotesco, deprimente e, absolutamente, patético!

Afora isso, vamos adentrar um pouco mais nesse episódio banal, para refletir sobre a natureza do discurso carregado pela demagogia incarnada em cada expressão pronunciada por esses atores políticos. Lembrando que, recentemente, este parlamento negou-se a acatar a sugestão da categoria profissional da educação em relação aos precatórios – recursos oriundos do FUNDEF – e, numa atitude nada republicana e nem mesmo bairrista, votaram contra o projeto; e, nesse processo, houve algum ator político insatisfeito com a conduta de um dos membros da direção do SINTSERM e o atacou violentamente com a pecha de “baderneiro” e “saliente”.

O regime que alicerça a convivência social entre os indivíduos é a democracia. A democracia por sua vez, traduz a instrumentalização da liberdade de opinião e de pensamento ao indivíduo para se exprimir. Ora, até ai, tudo bem. Mas o ponto fulcral é a forma e o modo como tal individuo se dirige ao seu semelhante para lançar uma crítica de maneira injusta. Nesse sentido, claramente, percebe-se o notável imbróglio acenado por esse ator político quando ensejou tal pecha ao membro do SINTSERM.

Esse infeliz discurso teve seu desdobramento concretizado em toda sua plenitude na última sessão plenária, onde ocorrera o lamentável espetáculo circense, onde os pares manifestaram a plenos pulmões, a falta de urbanidade e cordialidade entre si, no interior do parlamento. Diante desse gesto tão deselegante – caracterizado na refinada atitude antidemocrática, insultando, inclusive, a própria instituição brutalmente; além de promover um ato desrespeitoso – cabe a pergunta: quem, de fato, é “baderneiro?” o professor, ou, os membros do parlamento municipal?

Quando expressamos a terminologia – professor – no singular, estamos afirmando que a mesma tem sentido e representatividade da coletividade da educação por inteiro, pelo fato do criticado ser da direção do sindicato e o mesmo representa todos os professores; por consequência, a pecha evocada pelo ator político, atinge, em cheio, todos os professores e professoras. Não há nenhuma justificativa plausível para indiciar algum argumento que mude o sentido dessa afirmativa.

O vexame engendrado pelos atores políticos introduz de modo inequívoco a falta de maturidade e de experiência para representar o povo. O debate que deveria ser pautado em torno dos interesses da coletividade é substituído por uma querela paroquiana insignificante, retratando o minúsculo aporte intelectual dos atores que constitui esse honrável parlamento que, de quando em vez, depõe contra a sabedoria, o bom senso, o trato social, o conhecimento, o aperfeiçoamento da democracia e, finalmente, a liberdade de opinião e pensamento. Por conseguinte, é justo afirmar a seguinte sentença: “há, no parlamento, veriadoris e, há, Vereadores!”  

Esse vergonhoso fato em si, caracteriza a imprudência daqueles que não estão preparados para cotejar uma opinião divergente, de forma autentica e, por isso mesmo, agem com métodos não convencionais, agredindo o adversário covardemente e, em muitos casos, o agredido não tem como se defender; pois, no fundo, o objetivo elementar da agressão verbal e, até mesmo corporal, é desqualificar a reputação do agredido – ou seja, aquele que fora tachado de ‘baderneiro’.

Mas, o que é ser um indivíduo baderneiro?

A lógica do discurso é tentar impingir uma nódoa negativa em quem ousa enfrentar o sistema e seus contumazes vícios políticos. Isso fora exposto, naquela sessão legislativa, em que o professor fora tachado de “baderneiro!”

Mas, se, do ponto de vista político a ‘baderna’ tem sua caracterização urdida – delimitada – na pessoa que empreende uma perspectiva de luta, então, a ideia de ‘baderna’ não passa pela questão dos atores políticos se acusando mutuamente, ferindo o Regimento Interno da Casa do Povo? Onde fica a ética e a urbanidade? Peças fundantes da existência do Legislativo? Quer dizer que o conceito de ‘baderna’ só se encaixa para o lado do oponente? E o lado da situação, que proporcionou um verdadeiro espetáculo circense perante a opinião pública, transmitido ao vivo pela rede social do próprio parlamento? Aquela agressão moral entre os atores políticos envolvidos não constitui uma ‘baderna’ generalizada?

Decididamente, o cidadão codoense – o eleitor – precisa escolher, em definitivo, um novo político para compor a próxima legislatura.  Este atual parlamento, em sua maioria, já não serve para servir ao povo e, portanto, têm que ser, efetivamente, substituído por novos dirigentes políticos alinhados com um parlamento independente, autônomo e com autoridade moral para exercer o mandato; sem ser um boneco mamulengo/marionette ou, ainda, um ventríloquo. 

Os verdadeiros ‘baderneiros’ são aqueles politiqueiros lobos vestidos de pele de cordeiros e que uivam, cotidianamente, em nossos lares suas diatribes infrutíferas. Quando damos conta, nos devoram sem titubear. É preciso estar em permanente vigília para expulsar esses lobos maus de nossos lares.

Diga não à “baderna” parlamentar-institucional e politiqueira reinante, e diga sim, à ordem democrática a ser restabelecida pela força do voto popular independente em 2024!

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