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Por professor Rafael

A iniciativa foi louvável: um seminário para refletir sobre os indicadores educacionais do nosso município. Entretanto, a abordagem do tema distanciou-se bastante da efetiva busca de soluções para o fracasso no nosso sistema de ensino, traduzido no resultado do último IDEB.

Professores reunidos na UFMA
Professores reunidos na UFMA

Digo isso porque durante todo o evento cobrou-se bastante mais empenho dos educadores, educandos e da família na educação das nossas crianças e jovens.

O que não é errado, ainda que estivéssemos em melhores circunstâncias. Todavia, não se percebeu menção a um sujeito crucial para a melhoria da qualidade da educação, qual seja, o poder público.

Este, que é o responsável pela garantia das condições materiais do trabalho educativo e cujas atribuições são condições necessárias para o cumprimento do papel dos demais sujeitos envolvidos no processo educacional. Um exemplo? Como o professor vai ministrar todo o conteúdo do seu componente curricular se os 200 dias letivos anuais não são cumpridos em virtude da crônica falta de professores no início do ano?

Mais um exemplo: como o aluno vai aprender faminto devido à irregularidade no fornecimento da alimentação escolar ás unidades de ensino? E por aí vai. Desse modo, vê-se que não dá para nivelar as responsabilidades do poder público e dos demais sujeitos para com a melhoria da qualidade do ensino público municipal.

Este argumento é fraudulento porque desconsidera a maior autonomia do poder público e a subsunção dos fatores subjetivos aos objetivos.

Nesse sentido, observo que faltou mais humildade por parte daqueles que estão à frente do nosso sistema de ensino para fazer uma autocrítica que lhes permita reconhecer que não dá para avançarmos enquanto:

1. O ano letivo sempre começar com déficit de professores, portanto efetivamente atrasado, e não no primeiro dia letivo de fevereiro;
2. As turmas multisseriadas não forem extintas;

3. Alunos retornarem mais cedo para casa ou terem sua aprendizagem prejudicada devido à falta da alimentação escolar;
4. O fornecimento do transporte escolar for irregular e precário;

5. O município continuar aparecendo nos noticiários nacionais devido às precárias condições de infraestrutura das escolas;
6. Grande parte dos trabalhadores da educação serem servidores contratados temporariamente, sem direito a 13º salário e outros direitos trabalhistas;

7. A maioria das salas de aulas continuarem abarrotadas, com número excessivo de estudantes;
8. Não haver programas de formação continuada para os trabalhadores da educação;

9. Os professores contratados não receberem sequer o piso salarial nacional;
10. Os laboratórios de informática das escolas continuarem desativados;

11. As escolas continuarem desenvolvendo excessivo número de projetos sem qualquer nexo com os conteúdos curriculares;
12. Os Planos Municipais de Educação continuarem sendo engavetados sem o cumprimento de sequer a metade das metas estabelecidas, como foi o último.

Sem a garantia das condições materiais necessárias à efetiva realização do trabalho pedagógico qualquer tentativa de culpabilizar docentes e discentes pelo fracasso do ensino público municipal se torna inconsistente e desprovida de razão.

17 comentários sobre “Professor Rafael diz que governo Zito tenta ‘empurrar’ fracasso para os professores”

  1. Estou atento Professor Rafael! Como é que um aluno pode ter uma boa avaliação se ele não ser ler nem escrever? É claro que o culpado é o Professor! Um professor que não planeja não pode dar uma boa aula, e isso é que ocorre com no mínimo 50% dos professores de Codó. Eu sei que os professores não vão gostar do que eu estou dizendo, mais essa é a grande verdade. Aos professor que planejam suas aulas, meus parabéns!

  2. Estou atento Professor Rafael! Como é que um aluno pode ter uma boa avaliação se ele não sabe ler nem escrever? É claro que o culpado é o Professor! Um professor que não planeja não pode dar uma boa aula, e isso é que ocorre com no mínimo 50% dos professores de Codó. Eu sei que os professores não vão gostar do que eu estou dizendo, mais essa é a grande verdade. Aos professor que planejam suas aulas, meus parabéns!

  3. É POR ISO QUE ESSE PROBLEMA NÃO SE RESOLVE NUNCA. NESTES ENCONTROS SÓ SE PROCURA OS CULPADOS E NUNCA PARTEM PARA AÇÃO. QUANTO ENCONTROS JÁ FORAM FEITOS PRA DEBATER ESTE PROBLEMA? CADÊ A AÇÃO PRÁTICA? NESTES ENCONTROS TODOS FICAM APONTANDO O DEDO PRA ALGUÉM MAS NINGUÉM SE MANIFESTA PRA DIZER “EU TAMBÉM TENHO CULPA” E PROPONHO QUE FAÇAMOS “ISSO. APARECEU ALGUM PAI PRA PARTICIPAR? EU SUPONHO QUE NÃO. PAIS DE ALUNOS APARECERIAM NESTES ENCONTROS SÓ SE FOSSE PRA RECLAMAR DA MERENDA ESCOLAR.

  4. Quando demora o início das aulas, os professores reclamam. Quando inicia eles fazem greve. É muito difícil achar uma solução. Se o aluno não sabe ler e nem escrever,a culpa é do Professor e também do aluno. Quer dizer que o aluno não aprende é porque não tem merenda. Estamos vendo que o aluno não tem nenhuma refeição em sua casa…

  5. O PRINCIPAL CULPADO, É O PRÓPRIO PAI DO ALUNO JUNTAMENTE COM A GESTÃO DA ESCOLA.

    HOJE OS PAIS NÃO ACOMPANHA A SITUAÇÃO DO SEU FILHO NA ESCOLA, NÃO PEDE PRO FILHO FAZER UMA LEITURA. NÃO CONHECE O PROFESSOR E NEM O DIRETOR DA ESCOLA QUE O FILHO ESTUDA, NÃO OLHA OS LIVROS E CADERNOS DO SEU FILHO.

  6. Parabéns Prof. Rafael pelo contundente texto. Como bem foi elencado no texto, uma educação melhor não depende de um só lado, muito menos do atendimento de uma ou outra carência do nosso sistema de ensino. Temos de agir globalmente para melhorar os indicadores educacionais deste município.

    Ah, mais uma coisa:
    1) A greve é um direito constitucional e, portanto, sendo legítimas as reivindicações, todo trabalhador, inclusive o PROFESSOR, pode recorrer a ela;
    2) A alimentação escolar é um direito garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e, ao contrário do que alguns ignorantes pensam, a fome e a sede (necessidades fisiológicas fundamentais) podem sim interferir na aprendizagem dos alunos;
    3) A jornada de trabalho do professor não se dá somente na escola. Professor trabalha muito em casa: elaborando e corrigindo provas, atualizando diário escolar, planejando aulas e atividades diversas, sem falar no excessivo número de “Projetos” propostos ao longo do ano, mencionados pelo Prof. Rafael.

  7. Todos são culpados, começando pelos pais, alunos, prefeito, secretaria,os professores juntos os diretores. Os pais não sabem os que seus filhos fazem, alunos não querem estudar, prefeitos e secretaria não cumprem as LEIS (merendas, remuneração e etc), os professores faz de conta q dão aulas, por fim as diretoras, ficam com o dindin que vem pra escolas, não investe nas mesma. a, ia esquecendo a JUSTIÇA que coloca os gestores na cadeia.

  8. “”AMÉRICO SILVA E MARRUDO””, TENTEM VIVER COM UMA OU DUAS BOLSAS FAMÍLIA E DOIS FILHOS PARA ALIMENTAR. TEM FAMÍLIAS QUE VIVEM DO EXTRATIVISMO, SEM NENHUMA OUTRA ATIVIDADE E SEM OPORTUNIDADES DEVIDO AO BAIXO PODER DE CONHECIMENTO. NÃO VAMOS APROVEITAR O FATO DA AUSÊNCIA DA MERENDA PARA CRITICAR O PREFEITO, APESAR DA SUA OBRIGAÇÃO EM FORNECE-LA.

    TAMBÉM, NÃO VAMOS CRITICAR OS PAIS DOS ALUNOS POR EXIGIREM A MERENDA ESCOLAR PARA OS SEUS FILHOS. QUE O PREFEITO NÃO FORNEÇA A TAL MERENDA, É A SUA OPÇÃO.

    ENTRETANTO QUE ELE, O ROLIMzito, DIGA ONDE ESTÃO OS MAIS DE TRINTA E DOIS MILHÕES DE REAIS EMPREGADOS PARA A AQUISIÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS. NÃO TEM MERENDA, ISSO ESTÁ COMPROVADO. NO ENTANTO, “ALGUNS FAMINTOS JÁ FIZERAM E FAZEM OS SEUS LANCHES”” RECHEADOS DE NOTAS VERDINHAS.

    PERGUNTAREI:
    “”AMÉRICO SILVA E MARRUDO””, SERÁ QUE TÊM CONDIÇÕES DE INFORMAR SE VIRAM UMA EMPRESA, DENOMINADA ………………. LTDA.??

  9. NESSE DESGOVERNO COISAS PIORES AINDA IRÃO ACONTECER, “AGUARDEM”.
    CODO NUNCA TINHA PASSADO POR UMA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL MAIS OMISSA E DESPREPARADA COMO ESSA QUE AI ESTÁ PELO FORÇA DA COMPRA E VOTOS.
    O MUNICÍPIO FOI CONDENADO ESTE ANO, NA JUSTIÇA DO TRABALHO DE CAXIAS-MA, POR NÃO TER REALIZADO POLÍTICAS MÍNIMAS DE REDUÇÃO DO TRABALHO INFANTIL.
    A AÇÃO CORRE NA JUSTIÇA DO TRABALHO DE CAXIAS-MA E É MOVIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. UM VERDADEIRO ABSURDO PARA UM GOVERNO QUE NÃO TEM A CAPACIDADE MÍNIMA(EMBORA RECEBA MILHÕES DE REAIS POR MÊS) SEQUER DE PROTEGER AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

  10. A solução está na junção de todos em favor da educação. Porém, o poder público tem maior parte de culpa nessa questão aqui debatida. É mt fácil para alguns escreverem palavras sem nexo aqui e criticarem os educadores sem conhecerem a realidade das escolas do município e de uma sala de aula em nosso município e dizerem que os professores não cumprem seu papel. A escola tem como função maior abrir janelas para o conhecimento, quem educa na verdade é a família, que, aliás, têm sido mt omissa dentro da realidade dos alunos de nosso município. Mais respeito para nossa classe, pois todos os outros profissionais do mundo passam primeiro pelas mãos de um professor.

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