O Centro de Ressocialização de Codó tem 64 detentos, mas este número oscila para mais e para menos a medida em que alguns saem e outros entram para aguardar decisões judiciais.
São apenas 4 celas e um gaiolão (preparado para o banho de sol ou retiradas emergenciais para revista).
O espaço úmido e com forte mal cheiro, aliado ao aperto da superlotação tem motivado motins e tentativas de fugas que têm sido constantes. Só este ano foram registradas fugas frustradas em:
- 26 de abril (12 fugas evitadas)
- 21 de maio – 13 fugas evitadas
- 19 de julho – 13 fugas evitadas
Em setembro do ano passado houve uma rebelião onde presos foram agredidos por ex-companheiros e grades foram destruídas após uma revista que descobriu droga e armas dentro das celas.
NOVAS PRÁTICAS
Em meio à tantos fatos, em sua maioria negativos, o que era uma delegacia superlotada aos poucos está se transformando num Centro de Ressocialização superlotado, mas de práticas novas. Sob a responsabilidade da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, o centro agora conta com 7 agentes penitenciários e mais 7 monitores (espera-se mais 7).
Antes eram três carcereiros comandados por delegados super ocupados que tinham que fazer o trabalho extra até de levar preso para hospital que alguma doença os acometia.
Há tempo para cuidar melhor dos detentos e até para implantar o trabalho no intuito de tirá-los da ociosidade. Na atualidade, por exemplo, o chefe de segurança Nilton Carvalho investiu do próprio bolso numa área para o cultivo de hortaliças – alface, cebolinha, cheiro verde, também há feijão, melancia e até quiabo.
Ele mesmo seleciona os presos que podem ter o benefício do trabalho.
“A seleção é feita por nós, avaliamos o preso, seu comportamento e aquele que já tá no regime semiaberto após ele ser selecionado a gente ver que ele é apto para o trabalho dessa atividade ele vem pra cá e fica trabalhando aqui e vai ter a redução de pena”, explicou
A Lei de Execução Penal brasileira permite que a cada 3 dias trabalhado, o condenado tenha um dia a menos na cadeia. Nilton Carvalho já está desenvolvendo um sistema de acompanhamento dos participantes para que eles, antes sem esta chance, sejam beneficiados por isso.
“Os presos trancados ficam na ociosidade e começam a brigar, fazer várias coisas que venham a entrar em conflito com a lei, estando trabalhando eles passam parte do tempo aqui do lado de fora e tem esse benefício que a lei dá que é a redução de pena”, garantiu
Uma Resposta
parabenizo o chefe de segurança nilton carvalho pelo excelente trabalho,espero que em breve tenha uma boa estrutura esse centro de ressocialização.esse preso precisa de uma nova oportunidade.