Na última sexta-feira, 09/07/21, a jornalista Ramyria Santiago esteve no HGM e dentro do Morgue entrevistou uma mãe identificada apenas pelo primeiro nome “ISNAELE”, de 21 anos de idade.
Ela chorava ao lado de um filho de apenas 2 anos morto, seu terceiro filho. A criança morava com sua genitora na rua Rio de Janeiro, no bairro São Francisco.
Isnaele contou que levou o filho na quarta-feira, dia 07 de julho. Naquela ocasião, o menino teria sido levado para a área interna do Pronto-Socorro e recebido apenas uma injeção. Sob o argumento de que a criança nada tinha, foi enviada para casa.
Na sexta-feira, reclamando-se de dor na barriga a criança deu nova entrada pela manhã, foi quando morreu. A mãe sustenta que se tivesse tido atendimento mais humanizado o menino teria sobrevivido.
“Nós vimo aqui quarta-feira, 07/07, meu filho aqui com essa dor de barriga, aí nós viemo, falamos com o médico e o médico falou aqui que não era nada, pegou botaram ele lá pra dentro tomou uma injeção e mandaram nós ir pra casa, aí eu fui pra casa porque falou que não era nada, eu não sou, não estudei pra isso, não sei (…)
(…) aí ele pegou e disse -mãe tô com minha barriga doendo, hoje (09/07) de manhã, aí eu peguei paracetamol pra ele, porque o médico falou olha se tiver doendo a barriga dá o Paracetamol pra ele, peguei dei o Paracetamol pra ele. Tava tomando café quando meu filho começou sair negócio preto da bota dele (…) a mulher falou que o intestino dele tava tampado, não tava comendo nada e nem descendo nada, disse que foi pro pulmão e pro coração, só soube dizer isso”, disse na entrevista
Ela revela que não sabe o nome do médico que a atendeu, nem quarta, nem na sexta quando da morte. Mas ela diz à repórter que nem tocaram na criança. A mãe de Isnaele, tentando consolá-la, disse que os médicos, por causa da pandemia, estão evitando pegar nas crianças, mas ela discorda pois o caso do filho dela nada tinha a ver com Coronavírus, ele só reclamava de dor de barriga.
“Nem pegaram nele, eu contei pra minha mãe – mãe não pegaram nem no Carlos, minha irmã, ela aqui disse, não por causa dessa doença eles não tão pegando nas crianças, meu filho não tava com essa doença não, meu filho tava reclamando de dor na barriga”, diz chorando
Depois ela afirma que não passaram remédio para o garoto, além da ‘injeção’. O paracetamol foi dado por conta dela, mãe.
NOTA DO HGM
O diretor do Hospital Geral Municipal publicou uma nota sobre este fato em seu rede social, onde escreveu:
DIREÇÃO DO HGM PRESTA ESCLARECIMENTO SOBRE A MORTE DE UMA CRIANÇA EM CODÓ
Desde o início da gestão do Dr. Zé Francisco, a saúde sempre foi o carro-chefe de sua gestão não somente por ser médico, mas por entender a necessidade de uma saúde de qualidade, sobretudo neste período de pandemia. Ocorre que alguns usam da fragilidade das pessoas em meio a um momento de dor, desrespeitando, inclusive, a intimidade e a inviolabilidade da criança, expondo de forma desumana os familiares da vítima.
Outrossim, vale lembrar que odas pessoas que chegam ao Hospital Geral, independentemente de suas convicções políticas, partidárias, religiosas e étnicas, são tratadas com a mais célere responsabilidade por profissionais comprometidos em cuidar do povo codoense.
O caso da criança que veio a óbito consternou a todos, mas blogueiros cogitaram que houve negligência por parte da equipe médica.
É de nada uma falta de respeito e compromisso com a verdade, tanto que assim que a criança deu entrada no hospital diversos profissionais, dentre eles: Dr. Ivan Bruno, Dr. Vitor (ambos médicos do Pronto-Socorro), Dra. Nábia, que é pediatra, Dr. Duailibe, além de enfermeiros, prestaram de imediato atendimento como recomendam as diretrizes médicas.
Destaca-se ainda o fato que a criança já chegou no hospital semimorta, totalmente desacordada, óbvio que não se sabe o porquê da demora em deslocar a criança até o hospital.
Segundo o que veicula no blog (da Ramyria) que a mãe teria automedicado o filho por conta própria para diminuir a dor no estômago, sendo que ela não sabia a causa das dores, o que por si só já é grave vez que apenas os profissionais médicos podem receitar medicamentos.
É óbvio que todos ali se consternaram com a morte da criança de apenas dois anos uma vez que seu dever é salvar vidas, mas aquilo que estava nas condições, e até além, foram feitas”
MUITO DINHEIRO, POUCO SERVIÇO
Uma visita ao site do FUNDO NACIONAL DE SAÚDE hoje mostra que Codó já recebeu de janeiro a 10 de julho de 2021, só para investir na pasta da saúde, exatamente R$ 21.699.132,74.
Destes, R$ 9.899.232,01 foram só para ATENÇÃO DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE AMBULATORIAL E HOSPITALAR (ou seja, para o HGM).
Diante de tais números, incontestáveis, é inevitável a questão: Tá faltando gestão eficiente?
A pergunta parece óbvia, mas é extremamente necessária uma vez que costuma-se culpar a falta de recursos, argumento que de perante R$ 21 milhões já enviados aos cofres do governo Cidade de Todos seria vergonhoso o governo do médico Zé Francisco usar.
Paralelo à questão, é necessário questionar também a atuação do Conselho de Saúde, do próprio Ministério Público que já disse que não se pauta em notícias de blogs (acho que deveria a partir delas tomar certas atitudes, porque pode e tem dever institucional sobre isso) e dos vereadores, principalmente destes.
É preciso formar uma comissão para ver o que há, de verdade, dentro do HGM que, claramente, tem enfrentado sérios problemas.
No início deste mês um cidadão codoense só conseguiu fazer uma simples cirurgia de braço quebrado 30 dias depois de dar entrada no hospital. Quando o blogdoacelio denunciou o caso, 3 dias depois apareceram com uma desculpa de que falta ‘UMA PLACA’, a tal placa apareceu e a cirurgia foi feita.
Agora a denúncia desta senhora que, de certo, deve ser apurada mais a fundo.
Isso é papel do Conselho Municipal de Saúde, do Ministério Público e dos Vereadores de Codó.
10 Respostas
essa direção é uma desgraça ainda coloca culpa na mãe em vez de falar que vai investigar fala que a mãe auto medicou a criança e custou levar a criança pro hospital e a criança chegou quase morta uma mentira muito grande dessa direção a pergunta é porque não atenderam a criança na quarta-feira?se a criança morreu na sexta e a mãe levou na quarta-feira será se a culpa é da mãe ou dos médicos?
A criança deveria ter sido internada na quarta-feira, ter sido acompanhada por um médico pediatra (coisa que o HGM não tem), ter feito exames laboratoriais e de imagem(ressonância… ultrassom) e ficado em observação para melhora do quadro possivelmente de uma infecção Intestinal.
Suspeita é uma coisa. Fato é outra. Parece induzir à culpa do HGM. Não quero absolver ninguém, mas é leviano acusar ou mesmo suspeitar sem provas. Segundo está aí na reportagem, a criança foi também supostamente medicada pela mãe. No entanto acham mais político colocar a culpa no hospital. É lamentável uma criança vir a óbito. Mas antes de culpar ou supor, é do bom jornalismo apurar.
É impressionante o quanto esse rapaz ( Júnior) sempre acha uma forma de querer, defender essa corja Tá ganhado alguma coisa amigo ? , já é a segunda reportagem que ele usa esse lenga, lenga.
Incrível como a gestão do HGM tenta se eximir da responsabilidade pela morte da criança e ainda culpabilizar a mãe, que de todas as formas possíveis buscou ajuda para o filho. Qual mãe contestará uma avaliação médica e deixará de seguir suas recomendações? Qual mãe nunca deu um analgésico a seu filho diante das queixas de dores, ainda mais quando houve recomendações médica para isso? Onde esse governo de mentiras prioriza a saúde? Falta tudo, inclusive os exames básicos estão suspensos desde de abril e não dão uma satisfação aos codoenses quanto a isso. Essa nota divulgada pela gestao, tem a única pretensão de ludibridiar os codoenses. Aí é subestimar a inteligência dos codoenses. Até quando ouviremos desculpas descaradas como essa?
Pior (DES)GOVERNO de todos os tempos! !!
Lamentável essa situação! Parece que Codó está vivendo dias tenebrosos.
Existe uma contradição aí nessa nota da direção, se existe pediatra, porque então a criança não foi assistida por ela e o que tem haver dor de barriga com ortopedista.
Alguém orientou a família sobre os seus direitos? Alguém acionou a Promotoria de Justiça?
Por favor, parem de brincar com seus direitos!
Olha eu conheço esse Emílio .