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Francisco, O sobrevivente

O blogdoacelio entrevistou um dos quatro codoenses que já retornaram à cidade após o acidente com o ônibus da agência de turismo Cruizinha Turismo, ocorrido em Goiás, no último sábado.

Francisco das Chagas da Silva, morador da rua Santa Fé, 1685, bairro Santa Teresinha, nos recebeu em casa com um ferimento, ponteado no rosto, e outro na perna onde também reclama de dores e inchaço. Bastante abatido revelou que no momento do acidente, que matou 15 pessoas, todos os passageiros estavam acordados.

““No momento a gente tava todo mundo acordado, só ouviu só a pancada e o resto a gente não lembra de mais nada, foi muito rápido mesmo não deu pra você ter a noção do que aconteceu”, disse completando “O ônibus que a gente ia partiu no meio, o outro não teve tanta coisa não, mas o que a gente ia foi o pior que ficou”.

PÂNICO

Por causa do impacto, ele ficou desacordado por alguns minutos, quando deu por si viu algo assustador ao seu redor.

“Quando eu acordei, dei por mim eu tava sentado ainda, acordei e só tinha muita coisa feia, muito sangue, muita gente gritando, muita coisa mesmo muito feia, mortos, gente debaixo dos escombros, gente pedindo socorro, pedindo ajuda e a gente sem poder ajudar porque também tava ferido, não tinha também como a gente ajudar”, disse, com olhos lacrimejando

TRAUMA

Vai ser difícil superar o trauma, as cenas foram muito fortes e continuam na cabeça de Francisco que recebe visitas em casa ao lado da família.

Isso é uma coisa que quem tava naquele momento ali não vai esquecer aquilo ali nunca na vida, não tem como esquecer uma coisa daquela dali a gente vai ficar traumatizado para o resto da vida, quem viu aquela cena não esquece”, frisou

VIAJAR NOVAMENTE

Por conta de tudo que viveu, mesmo precisando trabalhar o jovem não pretende voltar a procurar emprego fora do Estado do Maranhão.

Numa situação daquela ali, que eu passei naquele momento ali eu não penso em viajar, nem sair daqui tão cedo, mesmo passando dificuldade, crise, mas não tem como você sair daqui agora traumatizado do jeito que eu to”, argumentou

O QUE ÍA FAZER EM MINAS

Cruizinha

Ele e a maioria dos 17 passageiros que embarcaram em Codó, na sexta-feira de carnaval, iriam para Guarda dos Ferreiras, cidade do interior de Minas Gerais, trabalhar na colheita de cenouras e cebolas.

Das 17, apenas duas foram dadas como mortas até agora – o segundo motorista, identificado como Vilmar, que descansava dormindo na hora do acidente, que já foi enterrado em Anápolis (GO) porque era de lá, e o ex-marido da empresária, conhecido como seu Ozírio, que também já foi enterrado no Maranhão, cidade de Gonçalves Dias.

DONA CRUIZINHA

Na empresa proprietária do ônibus, localizada na rua Poraquê, Codó Novo, não há nenhum responsável para falar sobre o assunto. Francisca da Cruz (Dona Cruizinha) a empresária está entre os feridos e segundo informações colhidas na casa dela, continua internada, mas fora de perigo.

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