
Não há um levantamento exato de quantos cães existem na cidade de Codó, mas não são poucos porque trata-se de um animal doméstico muito querido na maioria das residências, por várias razões. Na casa de seu Raimundo um deles é considerado o guardião.
“Porque quando a gente sai que mexe um aqui ele late”, disse o lavrador Raimundo Alves Nascimento
O maior problema desse grande número de cães na cidade é o contato deles com as famílias quando estão infectados. Ano passado, 18 pessoas contraíram Calazar, uma delas morreu. Este ano o número de casos começou desacelerado, mas uma criança de cinco anos já está com a doença.
NÚMERO DE CASOS
Em conversa com o supervisor de combate a Leishmaniose, Jorsival Guimarães, e com o Assessor de Endemias do município, Francisco Santos Leonardo, obtivemos a informação de que tem havido uma diminuição gradativa no número de casos em humanos nos últimos três anos.
Em 2009 – foram 54 casos
No ano seguinte, 2010 – apenas 17
E ano passado (2011) a média se manteve – ( 18 casos)
Na opinião de Francisco Santos Leonardo a situação é estável.
“Não saímos de uma situação grave para uma mais grave, então este ano nós temos cerca de seis amostras já foram coletadas e dessas apenas uma deu positivo (…) a situação, no momento, ela é estável e estamos preparados para trabalhar intensamente para que isso possa ser reduzido”, afirmou
INQUÉRITO CANINO
O chamado inquérito canino, que coleta o sangue do animal para o exame, foi feito de janeiro a junho do ano passado em 827 cães, 198 deles estavam com a doença. O trabalho de descoberta é importante, mas por falta de um laboratório em Codó ele parou desde então.
O assessor de endemias garantiu que será, brevemente, retomado, agora com maior eficiência porque agentes de saúde já estão sendo capacitados para realizarem o que chamou de teste rápido.
“Esse resultado dentro de 10 a 15 minutos você sabe se o animal é ou não soropositivo para a Leishmânia, o calazar, imediatamente a gente com o diagnóstico em mão, solicitamos o dono a entrega do animal que será submetido à Eutanázia que é justamente o que determina o próprio Ministério da Saúde”, explicou Leonardo
Texto adaptado da reportagem exibida na manhã desta terça-feira, 20, no programa Bom Dia Mirante