A cidade de Peritoró tem dois lixões para onde são enviados, segundo o setor de limpeza da Prefeitura, mais de 2 toneladas de lixo por mês. Não há qualquer preparo para proteger o solo e todo tipo de resíduo sólido faz contato direto com ele, o que não é recomendado há muitos anos. Um dos riscos disso é a contaminação de lençóis subterrâneos de água considerada de boa qualidade.
Peritoró, como todos os demais municípios do Brasil, segundo lei federal só tem até do dia 2 de agosto de 2014 para acabar com seus lixões que, de acordo com especialistas, agridem a natureza. Mas apesar de todo o tempo que já foi dado e da iminência do fim do prazo, que se arrasta desde 2010, o município ainda não está pronto para esta mudança.
DESENTENDIMENTOS NO GOVERNO
Estivemos com o secretário municipal do Meio Ambiente, Deusdedith Marques de Sousa. Falou que fez contato com quatro municípios vizinhos com o objetivo de formar um consórcio de manutenção de um aterro sanitário único, dado aos custos que seriam elevados para os padrões financeiros de pequenas cidades.
Mas o que impede a solução do problema está dentro de Peritoró. O secretário disse que não há uma legislação municipal a respeito e a culpa é da Câmara de Vereadores .
“A legislação municipal ambiental não é só fazer uma leizinha, como eu descobrir agora que a Câmara aprovou uma lei de Resíduos Sólidos, não é isso não, ela é toda uma conjuntura, é da forma que nós apresentamos e essa lei até agora, realmente, não foi apreciada, sequer ter dado uma satisfação ao próprio secretário”, criticou
O presidente do Poder Legislativo, vereador Constantino dos Santos Neves, que é da base do prefeito Pe. Josias, rebateu as críticas mostrando a lei municipal de Resíduos Sólidos aprovada ano passado. Para ele, o que falta é atitude do Executivo Municipal, principalmente partindo da Secretaria do Meio Ambiente.
“Precisa que vários municípios se juntem para fazer isso porque é muito caro, o que tá faltando exatamente é esta articulação por parte do secretário de Meio Ambiente e do próprio poder Executivo em buscar os parceiros para que saia do papel e passe a funcionar na prática (…) não é questão de lei, até porque existe a legislação federal”, afirmou
Dado ao impasse é possível notar que, dificilmente, os lixões de Peritoró serão eliminados até agosto.