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Maranhense. Seus pais Jéferson Mesquita Alves e Enedina Nova Alves.

Irmã Flávia, nasceu a 2 de outubro de 1904, no ano da fundação da Congregação. Filha de pais abastados, soube desfrutar sadiamente das coisas bonitas do mundo. Fez-se Capuchinha aos trinta anos de idade. Trabalhou em várias Fraternidades da Congregação – como na do Ceará, Amazonas e Maranhão.

Na escola de São Francisco de Assis, ela veio aprimorar, mediante uma escuta atenta àquilo que soava como apelo divino os dons que trouxera, quer inatos, quer assimilados, no recanto privilegiado de um lar, profundamente cristão, onde formou seu caráter e sua sensibilidade.

Escritor Carlos Gomes
Escritor Carlos Gomes

Em 1953, quis a providencia que Madre Flávia viesse a Codó, com a incumbência de dirigir e fundar nesta cidade o Colégio São José, depois Educandário Santa Filomena e mais tarde Escola Santa Filomena. Os retíssimos princípios de moral Católico influíram tão poderosamente para cinzelar-lhe as quantidades, e o serviço que dedicou na Salvação das almas. Madre Flávia tornou na sua individualidade, a expressão clara de uma consciência sã, de uma lealdade perfeita.

Conquistou amizade e confiança do povo de Codó. E aquele coração tão simples genuinamente Evangélico passou a ser também, o confidente do ilustrado homem de bem ao mais simples e humilde operário. Ela se tornou para o povo codoense o símbolo do amor e do perdão.

Irmã Flavia, trouxe no sangue, o ardor pela luta; na inteligência a ânsia da sabedoria e no coração a grande ternura pelas crianças e jovens, sobretudo com as mais pobres, que eram a grande paixão de sua vida de educadora genuína. Amiga de suas irmãs, exercendo durante muitos anos o ofício de Superiora local. Aprimorou sua sensibilidade para ouvir o mínimo desejo de cada Irmã, buscando sempre um jeito de satisfazê-lo.

Não perdia tempo, sempre ocupada em fazer tudo o que estivesse ao seu alcance, a fim de oferecer oportunidades de estudo, de profissionalização a quem quer que fosse. Se preferia alguém, este sempre o mais marginalizado, o mais sofrido.

A sua Sala de Artes, sempre repleta de alunos denominava: “a minha Sala de Oração”. E exortava – a ordem e a limpeza dizendo: “porque aqui Deus passou”.

Para nós, viver com Irmã Flávia, insígnia graça, porquanto ao lado dela, fizemos longo aprendizado da Pobreza, Fé Confiante, Devotamento e Alegria. Uma ilimitada confiança na Providência Divina pode explicar o otimismo com que sabia enfrentar, com galhardia, as horas mais críticas e as dificuldades mais acerbas. Simples e disponível, amava o trabalho como um dom de Deus, para servir a todos, fazendo-o com um sorriso que nos dava alento, em qualquer tensão. Parecia possuir uma mística do trabalho, como São Francisco e era dotada de singular energia espiritual.

Possuía uma saúde férrea. A enfermidade bateu-lhe à porta. O câncer na bexiga a afetou de maneira violenta, no momento em que ela se dedicava com determinação e empenho no desenvolvimento da Escola Santa Filomena. Tanto assim que, quando perguntávamos se não estava cansada, respondia: “quem trabalha por amor, não cansa!”.

Dizia Padre Hélio Maranhão a quem chamava de filho: “Flávia viveu bem sua caminhada. Construiu seu arranha-céu e passou, tranquila, no vestibular. Estamos de parabéns!. Temos um exemplo diante dos olhos. Agradecemos ao pai e procuremos a seu exemplo percorrer o caminho, construir nosso  edifício e passar no final”. “Flávia é maravilhosa – viveu como um fogo, pois é que seu nome irradia”.

Quando hospitalizada em São Luis, impressionava ver sua disposição, às vésperas de uma grande cirurgia – em março de 1977 – foi bem sucedida, o que causou admiração aos cirurgistas. Tamanha era a confiança em Deus que chegou a dizer que aquela operação fora mais uma experiência para os médicos, pois se Deus quisesse a teria curado sem nenhuma intervenção cirúrgica.

Tudo correu bem. Não pensávamos numa recaída apesar da fatalidade do diagnóstico. Viveu os últimos dias perfeitamente lúcida, acompanhando a fraternidade em seus atos comuns. A tudo agradecia com “um Deus lhe pague”.

À 1.30 horas do dia 1º de janeiro, numa das crises de cansaço, dirigiu-se a Irmã que assistira (Irmã Anunciata): “minha Irmã estou morrendo”. E partiu como quem tinha pressa de chegar à casa do Pai, no amanhecer de 1978 na claridade perene do face – a – face de Deus. A comunidade codoense a adorava sobremaneira e a tinha como sua amiga e protetora.

O prefeito José Anselmo, em seu segundo mandato, homenageou a emérita educadora, religiosa e sobre tudo amada pelos codoenses, inaugurando um colégio com o seu nome, à avenida Marechal Castelo Branco.

Patroneou a Cadeira nº 18, do Instituto Histórico e Geográfico de Codó, ocupante Iramary de Jesus Martins Queiroz.

Codó – MA, 22 de setembro de 2014.                                                       Prof. Carlos Gomes.

Sócio Fundador da Associação Cultural Codoense “Antonio Almeida Oliveira”.

Transcrito do Livro Codoenses & Não Codoenses, inédito.

Um comentário sobre “PÁGINAS DE CODÓ (LXXXIX) – FLÁVIA MARIA DE SÃO LUIS (MADRE)”

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