O auditório ficou lotado na quarta-feira, 8, os professores foram convocados para ouvirem, no auditório da Ananias Murad, as explicações do governo municipal sobre possíveis problemas que a administração vai ter caso conceda um reajuste de 7% e obedeça a nova regra que divide as 25 horas de trabalho dos educadores em dois terços para sala de aula e o restante (1/3) para planejamento.
Algo que eles já veem cobrando até numa ação na Justiça porque a redução, sobretudo, lhes seria benéfica.
“Essas horas são dedicadas à formação do professor, elaboração de atividades, voltada para a atuação do professor para que ele elaborar boas aulas, corrigir suas atividades, então é voltada pra isso”, explicou a professora Rosina Benvindo ao blog
GOVERNO versus SINDICATO
O governo sustenta que dará o reajuste, mas precisa primeiro analisar o impacto disso na folha de pagamento porque agora surgiu a necessidade de reduzir a carga horária, reduzindo vai faltar professor, se falta terá que fazer contratações e, assim sendo, além de enfrentar o reajuste terá que encarar também o impacto das novas contratações.
O sindicato dos servidores públicos, que defende a categoria, já demonstrou insatisfação e afirma que o município está querendo forçar os professores escolherem entre dois benefícios que já estão garantidos por lei, o que não é possível, segundo o professor Antonio Celso Moreira.
“A categoria já entendeu que não pode escolher entre uma coisa e outra, nós vamos cobrar as duas coisas, tanto a questão da redução, também como a questão do reajuste que é garantido por lei ambas as situações”, afirmou Celso
GUERRA À VISTA
O embate está apenas começando por causa dos posicionamentos contrários e deve durar mais tempo porque o governo municipal também alega não ter, pelo menos agora, outra solução.
“É preciso que a gente discuta com a categoria essa questão da redução da jornada para que a gente não tenha um inchaço baseado na folha e que traga dificuldades nos aumentos reais que a gente tem a intenção de dá à todos”, disse o secretário interino de Governo Ricardo Torres
Ele também revelou que uma comissão será formada para que as discussões continuem de forma democrática.
“Nós temos professor da educação infantil, nós vamos tirar representante da educação infantil, matemática, português, de cada matéria porque aí você tem um cenário muito mais interessante, para poder colher informações e aí a gente procurar saber a realidade com relação á estas mudanças que estão prestes a acontecer. Essa redução na carga horária ela ocorrerá ao longo do tempo, o que a gente vai discutir junto com a educação é exatamente em quanto tempo isso vai ser implementado”, disse
MANIFESTOS
Enquanto o blogdoacelio esteve na reunião o secretário de Educação Jacinto Junior não foi visto na reunião. Na reportagem da TV Codó, feita por Marco Silva, ele também não apareceu.
Enquanto isso, o sindicato já sinalizou que, caso não haja acordo, deve voltar à se manifestar nas ruas e fazer paralisações.